Abiove: produção de biodiesel é projetada em 5.3 bilhões de litros, com antecipação do B10 em 2018

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), principal entidade representativa do setor de biodiesel, prevê uma produção de 5.3 bilhões de litros em 2018 – aumento de 25% em relação a este ano, caso seja antecipada para março a mistura de 10% no diesel comercial, o chamado B10.

São inúmeras as vantagens para a sociedade brasileira da adoção do B10: além da geração de 20 mil novos postos de trabalho na cadeia produtiva de oleaginosas e biodiesel, o país economizará ao todo US$ 3.2 bilhões em divisas internacionais com a substituição do volume equivalente importado de diesel mineral, disse Daniel Furlan Amaral, gerente de economia da Abiove.

A expectativa da Abiove tem como fundamento a sinalização positiva do presidente Michel Temer em audiência com a Frente Parlamentar do Biodiesel, presidida pelo deputado Evandro Gussi, para a antecipação do B10 em 12 meses diante da assinatura do contrato de fornecimento de combustíveis para testes em motores.

A confiança do presidente advém da capacidade de fornecimento de um biocombustível avançado e nos benefícios econômicos, sociais e ambientais do setor para o Brasil. Essa sinalização foi endossada pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que confirmou os trabalhos da equipe do MME na resolução do CNPE que validará a antecipação da mistura. Isso ocorreu nas audiências realizadas durante esta semana em Brasília.

B10 elevará processamento de soja

Com o B10, haverá uma elevação de 3.7 milhões de toneladas no processamento de soja em função da demanda por óleo de soja, além da elevação das aquisições de sebo bovino e óleo de fritura recuperado.

Em 2018, o setor trabalhará também pela definição do cronograma de expansão gradual da mistura até B15 para os próximos anos. A atual legislação prevê que a mistura possa chegar até 15%, mediante decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Aumento da mistura

Além dos benefícios econômicos, o biodiesel reduz a emissão dos principais causadores da poluição atmosférica e gases de efeito estufa em mais de 70% em relação ao diesel mineral, com ganhos expressivos à saúde humana e ao meio ambiente. Do início da produção em 2005, até o ano passado, a cadeia produtiva do biodiesel proporcionou:

– Produção de 25.1 bilhões de litros de biodiesel;
– Geração de demanda para o processamento doméstico de 85.1 milhões de toneladas de soja;
– Alívio à rede de esgoto, pois evitou o descarte de óleo de fritura usado;
– Geração de mercado para o consumo de 3.9 milhões de toneladas de gorduras animais, o que evitou o seu descarte inadequado no meio ambiente.

No período de 12 anos, o biodiesel evitou a emissão de 79 mil toneladas de CO2eq., o que corresponde a 4% das emissões totais de diesel. Além disso, evitou o dispêndio de US$ 15.7 bilhões com importações de diesel fóssil.

 

Fonte: Abiove

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