O brasileiro começou 2021 com nova alta nos preços do diesel A. O reajuste anunciado pela Petrobras em 29/12 é o último de uma série de quatro altas em menos de dois meses, que já totaliza um aumento 19,22% no preço da parcela que compõe 88% do diesel comercial (diesel B), que abastece a frota de veículos do ciclo diesel no Brasil.
A boa notícia é que o biodiesel, que compõe os outros 12%, começa o ano com 20,29% de redução nos preços, uma queda que, se repassada integralmente para o consumidor, representará redução de R$ 0,12/litro nos postos.
“O preço do biodiesel, além de ter sofrido queda, ficará estável ao longo dos meses de janeiro e fevereiro, previsibilidade garantida pelo sistema de comercialização em leilões”, disse Daniel Furlan Amaral, economista-chefe da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
“O sistema de leilões não somente deixa o mercado menos suscetível à volatilidade de preços, como a que assistimos agora com o diesel A, mas também garante maior competição entre os ofertantes do leilão, que resulta em melhores preços e um produto nacional de qualidade para os consumidores”, disse.
Em março de 2021, a mistura de biodiesel no diesel comercial será elevada para 13% (B13), mantendo o País entre as lideranças mundiais na produção e uso desse biocombustível.
Também neste ano, a Abiove projeta processamento recorde de matérias primas – soja e óleo de soja -, a qual responde à demanda da indústria de biodiesel e proporciona maior oferta de farelo proteico. Até 2023, o país atingirá a mistura de 15% (B15), a qual foi aprovada em testes coordenados pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
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