A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) avaliou nesta quarta-feira que não há espaço para novos aumentos na previsão para a safra de soja 2013/14 do Brasil, com o clima afetando algumas regiões produtoras do país.
O presidente da Abiove, Carlo Lovatelli, reafirmou nesta quarta-feira que a safra brasileira da oleaginosa deverá atingir um recorde de 88,6 milhões de toneladas, conforme previsão feita em 19 de fevereiro pela entidade.
Na ocasião, a entidade elevou sua estimativa em 1 milhão de toneladas na comparação com o número de janeiro.
A estimativa da Abiove para a safra atual, feita com base em dados coletados junto às empresas ao longo de dezembro, está um pouco menor do que a previsão do governo, de 90 milhões de toneladas. O Ministério da Agricultura divulgou o número no início do mês, sem considerar efeitos da seca de janeiro.
Lovatelli disse que a colheita em Mato Grosso está indo bem, apesar de recentes chuvas fortes.
Segundo ele, o Rio Grande do Sul (terceiro produtor de soja do Brasil) está registrando uma boa colheita, mas a safra de Minas Gerais e do Paraná estão afetadas pela seca.
Na terça-feira, o governo do Paraná disse que o clima adverso levou a um corte de 2,15 milhões de toneladas na estimativa de safra em relação à previsão de janeiro, quando a expectativa era de safra recorde de 16,48 milhões de toneladas.
O Paraná é o segundo maior produtor nacional de soja do Brasil, atrás de Mato Grosso.
Atrás dos EUA
Pelo número da Abiove, a colheita nacional ainda deixaria o Brasil atrás dos Estados Unidos na produção de soja em 2013/14. O país teria mais chance de superar os norte-americanos na próxima temporada (2014/15), segundo o executivo.
O Departamento de Agricultura dos EUA projetou a safra norte-americana em mais de 96 milhões de toneladas em 14/15.
Fonte: Reuters