Abiove expõe o caso da Moratória da Soja e o Programa Soja Plus como contribuições a uma agricultura de baixo carbono

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) apresentará nesta quarta-feira (11/10), no Senado Federal, o caso bem-sucedido da Moratória da Soja no Bioma Amazônia, pacto de desmatamento zero pelo qual as empresas associadas à Abiove e à Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) se comprometem a não comprar nem financiar soja de áreas desmatadas no bioma Amazônia após julho de 2008.

A Moratória da Soja, que em 2017 completou 11 anos de existência, tem contribuído para reduzir o desflorestamento na Amazônia e, em consequência, mitigar o aquecimento global. O tema “boas práticas na agricultura de baixo carbono” será apresentado pelo gerente de sustentabilidade da Abiove, Bernardo Pires, em audiência pública no âmbito da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas, no Senado Federal.

Ele também destacará o papel do programa Soja Plus, de gestão econômica, social e ambiental da sojicultura brasileira, cujo objetivo é preparar o produtor rural a cumprir o Código Florestal Brasileiro e a exigente legislação trabalhista rural (NR 31), bem como aplicar as melhores práticas agrícolas.

Instituído em 2011, por meio de uma parceria entre a Abiove e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), o Soja Plus oferece gratuitamente capacitações, assistência técnica e materiais para melhorar a gestão das propriedades rurais. Com isso, os produtores que participam do programa contribuem significativamente para a economia de baixo carbono e para a governança ambiental privada do País. Os sojicultores do Brasil são os maiores prestadores de serviço ambiental do mundo.

Moratória da Soja

A Abiove coordena o setor privado no Grupo de Trabalho da Soja (GTS), o braço operacional da Moratória. O GTS reúne representantes do setor privado (Abiove, ANEC e empresas associadas), da sociedade civil (Greenpeace, WWF Brasil, Imaflora, Ipam e TNC), do governo (Ministério do Meio Ambiente e Banco do Brasil) e dos consumidores (importadores do complexo soja).

Por meio de mapeamento e monitoramento via imagens de satélite, é possível verificar que a soja não é um vetor relevante de desmatamento na Amazônia. Em 2016, foram monitorados 87 municípios nos estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amapá e Roraima, responsáveis por 98% da área plantada com soja no bioma. No último monitoramento, identificaram-se 37.155 hectares com soja em desacordo com a Moratória. Essa área corresponde a 1,2% do total desflorestado no bioma no mesmo período.

No final de novembro, serão anunciados os resultados do monitoramento da safra 2016-2017.

A Moratória da Soja tornou-se um estudo de caso, um exemplo de como indústria, governo, consumidores e ONGs ambientalistas podem juntos, encontrar soluções para problemas ambientais por meio de um viés de mercado.

O pacto de desmatamento zero tem efeito educativo e influenciou mudanças nas políticas públicas do País, além de ter formado a base para outros acordos de proteção florestal.

 

Fonte: Abiove

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp