Abastecimento de fertilizantes preocupa produtor de soja

O plantio da safra 2018/19 de grãos só começa a partir de setembro, mas já está gerando preocupação entre os produtores. O motivo é que os fertilizantes para o plantio de soja não estão chegando às revendas em volume normal, uma vez que o mercado espera definições acerca da tabela de fretes implantada pelo governo.

A maior preocupação é no Centro-Oeste, região mais afetada em razão de sua distância dos maiores portos por aonde chegam os fertilizantes. “Se essa situação não se reverter em um mês, teremos problemas que não poderão ser contornados”, disse Marcelo Mello, analista da INTL FCStone.

Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em maio houve queda de 27,3% nas entregas de adubo em comparação com o mesmo mês de 2017. Esse tombo – reflexo da paralisação dos caminhoneiros, deverá ser ainda maior em junho, afirmou Mello.

No Sul do País, a situação começa a melhorar. Após quase um mês com a descarga de fertilizantes em ritmo lento no porto de Paranaguá (PR), a movimentação do insumo foi recorde na última quinta-feira.

Dados da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) mostram que foram descarregados cinco navios, com 41.310 toneladas de cevada e fertilizante. O volume é 17,7% maior do que o último recorde diário, em 2014.

Na quarta, o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), havia informado que 75% dos fertilizantes importados para a safra 2018/19 estavam parados em Paranaguá. Segundo o sindicato, 18 navios aguardavam para o desembarque.

A indefinição sobre os fretes rodoviários, contudo, ainda gera dúvidas de como o insumo chegará às regiões mais ao norte do País.

A americana Mosaic, uma das maiores empresas de fertilizantes do mundo, já enviou comunicado a clientes misturadoras propondo alterar a modalidade de entrega contratada de CIF – cujo frete é de responsabilidade da empresa vendedora, para FOB, de responsabilidade da compradora.

 

Fonte: Valor Econômico

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