Passados dez anos do início da sua produção, o pré-sal brasileiro chegou à marca de 1,5 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), mais que o Reino Unido ou Omã, no Oriente Médio, cada qual com produção média de um milhão de bpd em 2017, com 21 plataformas em operação.
A expectativa de agora é que o volume produzido no pré-sal aumente progressivamente, até 2022, com a entrada em operação de mais 13 plataformas e investimentos da ordem de 35 bilhões de dólares. De cada quatro projetos de produção da Petrobras programados para os próximos anos, três serão instalados nessa camada.
Do primeiro óleo extraído no pré-sal em setembro de 2008 – no campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos – até o volume de 1,5 milhão de bpd alcançado este ano, a Petrobras experimentou um salto em seus resultados naquela camada. Apenas seis anos depois do primeiro óleo, a companhia chegou ao patamar de 500 mil bpd – e, após oito anos, ao primeiro milhão.
Em uma década, a produção acelerada no pré-sal gerou R$ 40 bilhões em participações governamentais, incluindo participações especiais e royalties. E a previsão do Plano de Negócios e Gestão da companhia para o período de 2018 a 2022 é gerar mais R$ 130 bilhões em participações governamentais a partir da produção nessa província.
Se no início do desenvolvimento do pré-sal, havia dúvidas sobre a capacidade da Petrobras de tornar viável sua produção em condições tão extremas, em águas ultraprofundas, a 300 km da costa, hoje os números comprovam não só a sua viabilidade técnica e econômica, mas também o retorno para a sociedade do projeto e elevado potencial de produção futura.
COMPETÊNCIA RECONHECIDA
Os 36 poços mais produtivos do País estão localizados no pré-sal. Para se ter ideia, cada poço no pré-sal produz, em média, 27 mil bpd, acima da média da indústria offshore – sendo que no campo de Sapinhoá, por exemplo, apenas um poço atingiu o recorde de 42 mil bpd. A produção acumulada do pré-sal já chegou a de 2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).
São dez anos de sucessivos recordes de produção, de indicadores operacionais em constante evolução e de inovações reconhecidas mundialmente. São resultados obtidos graças à dedicação e ao elevado nível de capital intelectual dos profissionais da Petrobras, e à colaboração dos seus parceiros, indústria fornecedora e universidades. O pré-sal é, hoje, uma das áreas produtoras mais competitivas da indústria mundial.
A tecnologia teve papel fundamental nesse processo. As condições peculiares do pré-sal impulsionaram os técnicos da companhia e parceiros a conceber inovações de ponta para desenvolver essa camada. Essas inovações foram reconhecidas mundialmente pelo prêmio da Offshore Technology Conference (OTC), considerado o Oscar da indústria, recebido pela Petrobras em 2015.
“Nossos resultados no pré-sal são fruto da evolução do nosso ciclo de aprendizado e da cultura de inovação enraizada na companhia desde a sua criação. E o primeiro marco dessa escalada foi a descoberta do campo de Guaricema, em Sergipe, em águas rasas, há exatamente 50 anos: ali seria o ponto de partida de nossa presença no offshore”, disse a diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes.
A partir dessa descoberta, “expandimos nossas operações marítimas até chegarmos à Bacia de Campos, há 40 anos, um autêntico laboratório de inovações a céu aberto, que representou um virada tecnológica sem precedentes para a companhia”, acrescenta a executiva.
AVANÇOS NA CONSTRUÇÃO DE POÇOS
A aceleração da curva de aprendizagem no pré-sal assegurou também uma expressiva redução do tempo de perfuração e construção dos poços, atividade que absorve cerca de um terço do volume de investimentos de um projeto de desenvolvimento de produção. A média de tempo utilizado para a construção de um poço marítimo no pré-sal da Bacia de Santos era, em 2010, de aproximadamente 300 dias.
Em 2017, este tempo já havia sido encurtado para cerca de 100 dias, tornando a construção dos poços três vezes mais rápida. Essa economia de tempo, aliada à eficiência nas atividades submarinas, tornou os projetos de investimento mais rentáveis.
CUSTOS REDUZIDOS
O foco na otimização dos custos operacionais e na aceleração da produção, além disso, com a alta produtividade dos poços, tem se traduzido num custo médio de extração abaixo de US$ 7 por barril de óleo equivalente. Na indústria de petróleo, acelerar a produção dos projetos é sinônimo de antecipar a recuperação do capital empregado, o que é crucial para a geração de caixa e o resgate da saúde financeira da Petrobras.
Quanto mais rápido a companhia colocar seus poços para produzir, mais acelerado é o retorno financeiro e menores serão os custos unitários envolvidos com a produção.
Fonte: Gerência de Comunicação Interna e Imprensa / Comunicação e Marcas da Petrobras com edição d’A Lavoura