A Lavoura nº 705: embalagens reduzem perdas em até 80% e aumenta vida útil de alimentos

Embalagens certas: frutas e hortaliças possuem necessidades específicas de respiração, liberação de etileno, refrigeração e ventilação, e todas elas têm suas peculiares. Foto: Divulgação A Lavoura nº 705

Você sabia que, em média, 80% dos caquis colhidos são perdidos, assim como 35% de todas as mangas, morangos e papaias produzidos? Esse prejuízo é causado, principalmente, por conta de embalagens inadequadas.

Pensando nisso, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) elegeu cinco produtos com alto grau de perda pós-colheita: caqui, manga, mamão papaia, morango e palmito de pupunha. Depois disso, iniciou um projeto de desenvolvimento de embalagens especiais para reverter esse cenário. É o que publicou a Revista A Lavoura na edição nº 705/2015.

Luiz Carlos Motta, um dos pesquisadores responsáveis pelo projeto, fala sobre os resultados: “Em relação às embalagens que desenvolvemos, no caso dos caquis, conseguimos reduzir as perdas em 80% e morangos, 50%. Além disso, foi possível aumentar a vida útil dos frutos e do palmito para 15 dias”.

Com embalagens convencionais, a média de vida gira em torno de sete a dez dias. “Com as mangas e papaias, reduzimos as perdas em mais de 30%”, explica Motta.

As avaliações foram realizadas pelo Centro de Tecnologia de Alimentos (CTAA), da Embrapa.

Cada fruta e hortaliça possui necessidades específicas de respiração, liberação
de etileno, refrigeração e ventilação, e todas elas têm suas peculiares em texturas e singulares características de delicadeza e de resistência a impactos
ou contatos.

O pesquisador afirma que as atuais embalagens não levam em consideração as especificidades de cada produto. “Verificamos que as embalagens atualmente utilizadas possuem sérios problemas de acondicionamento acondicionamento,
porque são genéricas”, diz Motta.

“Dentro de uma mesma caixa de papelão ou de plástico, podem ser acondicionados quaisquer produtos, desde que caibam. Além disso, é comum no Brasil o acondicionamento em camada dupla, em que o produto de cima pressiona o que está embaixo.”

Daí, resultam os amassados e as perdas frequentes de frutas e hortaliças, ainda mais considerando que o transporte, normalmente, envolve longas distâncias e em estradas com péssimo estado de conservação.

DIFERENCIAIS DO PROJETO

Levando em consideração todos esses aspectos, o projeto desenvolveu embalagens anatômicas, respeitando as características únicas de cada fruta e hortaliça.

“O design das embalagens foi realmente adequado a cada produto. Além disso,
todos os modelos de embalagem desenvolvidos são empilháveis, sem causar
danos aos produtos e permitindo refrigeração cruzada, ou seja, todos os frutos
acondicionados recebem a mesma quantidade de frio”, explica Motta.

“Outro diferencial é que estas novas embalagens possibilitam a visão total dos produtos armazenados”, acrescenta.

PARA CADA PRODUTO, UMA EMBALAGEM

Motta destaca cinco modelos de embalagens para morangos, que são confeccionados em pets, podendo ser virgens reciclados, respeitando-se os  princípios da sustentabilidade.

“Como são empilháveis, podem ser dispensadas as caixas de papelão que atualmente acondicionam as embalagens para morangos”, diz.

Continue lendo a reportagem, gratuitamente, nas páginas 16 a 22 da edição nº 705 da Revista A Lavoura, clicando aqui.

OUTROS DESTAQUES

Para ler outros destaques, acesse o mesmo endereço eletrônico citado acima.

Assine e receba nossas versões impressas e exclusivas para assinantes. Conheça nossas condições super acessíveis enviando um e-mail para assinealavoura@sna.agr.br.

Para ler gratuitamente nossas edições anteriores (excesso as três últimas, por causa do acordo com quem assina), acesse www.sna.agr.br/publicacoes/a-lavoura.

Curta nossa página no Facebook e siga-nos também no Instagram (@revistaalavoura.sna)!

Fonte: Revista A Lavoura nº 705/2014

 

 

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp