A Lavoura divulga dicas sobre cuidados com equinos trabalhadores

Cavalos de trabalho são importantes para o sucesso das atividades das fazendas de pecuária de corte e de leite. Foto: Divulgação

Os cavalos de trabalho são uma importante ferramenta para o sucesso das atividades das fazendas de pecuária de corte e de leite. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), existem cerca de 3,9 milhões de cavalos de lida no País.

Espalhados por todo o território nacional, esses animais exercem diversos serviços associados à lida com o rebanho.

“O ponto mais importante dos equinos de lida é que eles sejam confortáveis e, ao mesmo tempo ágeis, resistentes e robustos para o tipo de serviço que vão executar. Porém, vale ressaltar que em algumas regiões, como o Pantanal, existe uma raça específica para o trabalho, que é o Cavalo Pantaneiro, geneticamente selecionado para tolerar vários meses do ano em imersão em locais alagados”, explica a médica veterinária Baity Leal, gerente de Linha da Unidade de Equinos da Ceva Saúde Animal.

A companhia é a sexta maior empresa de saúde animal do mundo, presente em mais de 110 países com atuação focada na pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biológicos para animais de companhia e produção (bovinos, suínos, equinos e aves).

TRÊS PILARES FUNDAMENTAIS

Para manutenção da saúde e do bem-estar desses animais, os produtores precisam investir em três pilares fundamentais: manejo, sanidade e nutrição adequados.

“As exigências sanitárias da tropa de lida são tão grandes quanto às dos cavalos atletas, ambos podem ser acometidos pelas mesmas doenças. Porém, erroneamente, os animais de trabalho são negligenciados em relação às medidas de biosseguridade como vacinação e vermifugação”, afirma Baity.

Segundo ela, “a falta de investimento na saúde desses equinos pode causar uma série de prejuízos ao produtor, como a queda no desempenho e até mesmo a morte do cavalo”.

Os cavalos de lida precisam ser imunizados contra uma série de doenças, entre elas: gripe equina, tétano, encefalomielite equina e raiva. O protocolo de vacinação para essas enfermidades deve ser feito com duas doses na primovacinação, com revacinação anual.

Já para proteção contra adenite equina, popularmente conhecida como garrotilho, os animais devem receber três doses na primovacinação, seguida por uma dose única, uma vez ao ano.

VERMIFUGAÇÃO

A vermifugação adequada também exerce um papel fundamental na manutenção da saúde da tropa.

“O indicado são de três a quatro vermifugações anuais, sendo realizados pelo menos dois protocolos com bases compostas com ivermectina e praziquantel, que são antiparasitários de amplo espectro. Para controlar a eficácia do programa, é indicado o uso de exames de OPG (Ovos por Grama de Fezes). O teste será responsável por mensurar o grau de infestação da tropa”, explica Baity.

EXAMES PERIÓDICOS

Outro ponto que precisa da atenção dos produtores são os exames periódicos para verificar a presença de anemia infecciosa e mormo, essa última, uma zoonose infectocontagiosa que afeta os equinos e pode atingir os homens.

Ambas as enfermidades são graves e colocam em risco a vida dos animais acometidos. Testes mais específicos, como hemograma e perfil renal ou hepático, devem ser feitos apenas em casos em que exista suspeita de queda de performance ou de outras doenças.

NUTRIÇÃO BALANCEADA

Para manutenção da saúde dos equinos de lida, além dos investimentos em um programa de sanidade adequado, os animais também precisam ter acesso a uma nutrição balanceada, que será responsável por promover energia para as tarefas diárias.

“A alimentação dos equinos de trabalho deve ser dividida entre volumoso (capim, feno, alfafa) e ração (peletizada, extrusada ou farelada) em proporções corretas de acordo com a idade, categoria e função dos animais. Além disso, os equinos devem ter acesso ao sal mineral e à água de boa qualidade à vontade”, explica Baity.

Por conta dos trabalhos exercidos com a lida de bovinos, os casos dos cavalos de lida também precisam de atenção especial. O indicado é a manutenção periódica dos cascos com casqueamento e ferrageamento, ambos devem ser feitos mensalmente ou a cada 45 dias para que os casos se mantenham balanceados e íntegros, ajudando na execução das funções do animal”, diz Baity.

Para mais informações, acesse www.ceva.com.br.

Fonte: Ceva Saúde Animal com edição d’A Lavoura

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