“À medida que se incorpora mais tecnologia, é claro que os riscos aumentam, mas o produtor consegue voltar ao mercado. Sem tecnologia, seu retorno seria inviável.” A afirmação é do ex-ministro da Agricultura e diretor geral de Seguros Rurais do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, Luis Carlos Guedes Pinto, durante o painel “Promoção do empreendedorismo – Riscos e Incertezas – A pequena produção”, do 14º Congresso de Agribusiness da SNA, promovido nos dias 7 e 8 de novembro, no Rio de Janeiro.
“A agricultura é uma atividade de alto risco. Nenhum outro setor da economia apresenta volatilidade como os produtos agrícolas. Nunca vi, por exemplo, o preço de um automóvel cair pela metade. Apesar de ser um negócio arriscado, é necessário manter a renda do produtor rural”, afirmou Guedes. De acordo com ele, na produção agropecuária há uma série de fatores que levam à volatilidade, tais como mudanças climáticas, surgimento de pragas e doenças e investimentos no patrimônio (máquinas, equipamentos, móveis, entre outros).
Guedes apresenta, como uma das formas de mitigar riscos, o seguro rural. Ele explica que, dentro da categoria, estão reunidos o seguro agrícola, voltado para a produção; o seguro patrimonial, que protege no caso, por exemplo, de perda de silos e outras diversas construções agrícolas; seguro para riscos de crédito, evitando que o “produtor pegue dinheiro emprestado, se frustre, mas tenha que pagar o que deve ou fica inadimplente”; para riscos de preço, devido à volatilidade do mercado; para riscos de câmbio; e seguro de escoamento e transporte.
“Não adianta ter um seguro de produção, por exemplo, se não tiver um seguro de preço, já que o objetivo é garantir renda para o produtor”, observou.
Por equipe SNA/RJ