‘A ABPA nasce para dar mais força institucional à cadeia da proteína animal’, diz Francisco Turra

Aumentar a representividade dos setores avícola e suinícola motivou a criação da ABPA, diz o presidente Francisco Turra
Aumentar a representividade dos setores avícola e suinícola motivou a criação da ABPA, diz o presidente Francisco Turra

 

A União Brasileira de Avicultura (UBABEF) e a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS), representantes das empresas das cadeias agroindustriais de aves, ovos e suínos de todo o Brasil, uniram-se em uma só entidade, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Francisco Turra, ex-presidente da UBABEF, foi indicado para assumir o cargo de presidente executivo da nova associação, que contará com duas vice-presidências: de aves, assumida pelo ex-diretor de Mercados da UBABEF, Ricardo Santin, e de suínos, comandada pelo ex-presidente da ABIPECS, Rui Eduardo Saldanha Vargas.

A ABPA já nasce como maior entidade representativa do setor de proteína animal do Brasil: são 132 associados.  Com a União, a meta é chegar a 150 associados.

“O objetivo foi construir uma entidade com representatividade ainda maior, que viabilizasse sinergias e ampliasse o papel político-social das antigas associações. São cadeias com demandas similares em vários aspectos, e que contam com modelos produtivos semelhantes e desafios equivalentes. A ABPA nasce para dar mais força institucional à cadeia da proteína animal brasileira, seja no mercado interno ou nas exportações”, destaca Turra.

Além de fomentar o consumo no mercado interno de aves, ovos e suínos, a ABPA trabalha voltada para o desenvolvimento, econômico, social, técnico e científico dos setores.  Tem também como foco a ampliação das exportações de cada segmento por meio de negociações internacionais, promoção de eventos, abertura de mercados, defesa comercial e outras iniciativas.

Com um Produto Interno Bruto (PIB) total de R$ 80 bilhões, juntas, as cadeias produtivas avícolas e suinícolas geram 1,756 milhão de empregos diretos – sendo mais de 400 mil deles apenas nas plantas frigoríficas –, totalizando 4,155 milhões de postos de trabalho (entre diretos e indiretos).  Somadas, as exportações de aves, ovos e suínos totalizaram quase US$ 10 bilhões em 2013, ou 4,1% das exportações totais do Brasil e 10% das exportações do agronegócio brasileiro.

De acordo com presidente da ABAPA, os desafios são muitos.

“Entre as metas traçadas para a nova entidade está a abertura de mais 15 mercados para carne de aves do Brasil, que hoje é exportada para 155 países. Para suínos, a meta de ampliação é de 10 mercados, frente aos 70 abertos hoje.”

Conforme explica Rui Vargas, todos os elos deverão ser beneficiados com a unificação.  Como ex-presidente da ABIPECS, ele destaca que a ABPA traz perspectivas positivas para o setor de suínos.

“A tendência, com a criação da nova entidade, é o fortalecimento dos dois segmentos e a melhora dos seus respectivos desempenhos em todos os aspectos – técnicos, econômicos e políticos. O segmento de carne suína vê com bons olhos a modernização através da criação da nova entidade”, ressalta.

Ex-diretor de mercados da UBABEF, o agora vice-presidente de aves da ABPA, Ricardo Santin – que coordenou os aspectos jurídicos do processo de unificação  –  enfatiza que a maioria dos membros dos conselhos da UBABEF e da ABIPECS será mantida na nova associação.

“A ABPA seguirá um modelo de governança transparente e democrático, com câmaras temáticas que contemplarão grupos de trabalho separados para aves e suínos, trabalhando juntos nas questões de interesse de ambas as cadeias produtivas. Nos conselhos, haverá paridade de votos que garantirão equilíbrio de forças entre pequenas e grandes empresas da avicultura e da suinocultura”, explica.

Membro do grupo de trabalho que realizou os estudos de viabilização da ABPA, Marcos Jank, que é diretor executivo global de assuntos corporativos da BRF, destaca que a nova entidade vai obter maior relevância na área institucional ao mesmo tempo em que ganha eficiência operacional com o aproveitamento de sinergias nas áreas de levantamento de dados, regulamentação técnica e abertura de mercados no exterior, entre outras..

“Há muito pontos em comum na agenda institucional das duas proteínas: questões e debates técnicos semelhantes, mesmos mercados alvo no exterior, etc..  São muitas as oportunidades conjuntas a serem exploradas, que deverão gerar ganhos para agroindústrias e produtores das duas cadeias”, aponta.

Eleito presidente do Conselho Diretivo da ABPA, o Diretor Comercial da Aurora Alimentos, Leomar Somensi, acredita que o fortalecimento institucional com a unificação dos trabalhos deverá promover resultados para os setores em pouco tempo.

“Temos metas de curto, médio e longo prazo, que envolvem ações tanto no mercado interno, quando na abertura de mercados e expansão das exportações. Neste sentido, por seu perfil profissionalizado, a ABPA deverá gerar para os setores de aves, ovos e suínos grandes avanços em variadas áreas, sempre focada em um modelo produtivo marcado pelo excelente status sanitário, qualidade e sustentabilidade da produção”, assinala.

José Roberto Goulart, Diretor Comercial da Alibem, ressalta os objetivos para as empresas da unificação dos setores em uma única entidade.

“A união das duas entidades tem o objetivo de fortalecer a representatividade da carne suína e de aves. Além de levarmos nossas carências e demandas, comuns aos dois setores, com mais força junto aos órgãos governamentais, vamos ganhar sinergia na busca por abertura de novos mercados, que é o grande desafio da suinocultura brasileira”, disse.

 

Por Equipe SNA/SP

 

 

 

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp