Somente em 2022, as usinas de etanol de milho forneceram 4.2 bilhões de litros do biocombustível às distribuidoras de combustíveis líquidos, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP). Além disso, entre 2018 e 2022, a produção saiu de 50 milhões para 4.5 bilhões de litros, um aumento de 800%, segundo informações da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM).
Estimativa
A entidade, aliás, estima que a produção brasileira na temporada 2023/24 deve totalizar 6 bilhões de litros do renovável, um aumento de 36,70% no comparativo com 2022/23.
Ou seja, as perspectivas são otimistas para esta indústria. Ainda assim, é preciso olhar para o que vem por aí: as usinas de etanol de milho que estão em construção e em ampliação no momento.
Por ora, a dominância deste mercado está nas mãos da Inpasa e da FS Bioenergia, não à toa, foram elas que mais forneceram etanol em 2022, segundo os números da ANP. A tendência é que isso se mantenha, já que a primeira possui um projeto de ampliação e a segunda tem uma unidade que começou a operar há pouco.
Usinas em construção
Atualmente, seis usinas de etanol de milho estão em construção. Juntas, elas poderão adicionar até 2.16 milhões de litros hidratado ao dia na capacidade de produção brasileira; em relação ao anidro, o volume é de 1.6 milhão de litros de anidro.
Dentre estas unidades, três têm previsão de término ainda este ano, conforme consulta feita pelo NovaCana junto às empresas. Além disso, outra deverá ficar pronta em 2025; uma não possui previsão de conclusão; e a sexta não pôde ser contatada pela equipe de reportagem.
Ampliação
Além das novas unidades, há oito em processo de ampliação. Destas, três são usinas flex (quando a produção alia cana-de-açúcar e milho) e outras cinco são full (com produção feita apenas com o grão). Em conjunto, estas usinas deverão acrescentar até 2.13 milhões de litros de hidratado ao dia na capacidade produtiva do País, além de outros 1.67 milhão de litros de anidro.
