Soja fecha novamente em baixa pressionada pelas previsões de chuvas no Corn Belt

Soja fecha novamente em baixa pressionada pelas previsões de chuvas no Corn Belt

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 29,25 a 34,50 centavos, com o agosto/23 cotado a US$ 13,61 (- 2,47%) e o novembro/23 a US$ 12,65 (- 2,26%) o bushel. O novembro na mínima do dia (US$ 12,56¾), registrou a menor cotação desde 15 de junho.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 6,30 a US$ 7,40, com o agosto cotado a US$ 393,70 (- 1,58%) e o dezembro a US$ 378,00 (- 1,92%), a tonelada curta. O julho na mínima do dia (US$ 389,50), registrou a menor cotação desde 15 de junho e o dezembro na mínima do dia (US$ 375,30), registrou também a menor cotação desde 15 de junho.

O óleo de soja fechou em baixa, após quatro sessões consecutivas de alta, com o dezembro registrando uma queda de 2,70%.

A soja voltou a fechar em baixa, com os vencimentos mais longos registrando as maiores quedas, pressionada pelas previsões de condições climáticas melhores nos Estados Unidos.

O farelo, óleo, milho e do trigo também fecharam em baixa na CBOT, com o milho registrando as menores cotações desde 9 de junho, depois de ter fechado ontem em baixa de mais de 4% na CBOT.

“Se por um lado o clima trouxe dúvidas nas últimas semanas sobre o tamanho da safra norte-americana, a forte alta das últimas semanas parece ter afugentado os compradores. O aumento do “flat price” fez com que os compradores se distanciassem. Corretores do mercado FOB reportam demanda mais fraca tanto para a soja, como para o milho”, informou a equipe da Agrinvest Commodities.

A consultoria destaca também os mapas mais longos do NOAA, que mostram chuvas acima da média para os períodos dos próximos 6 a 10 e 8 a 14 dias.

Os mapas seguem indicando precipitações melhores, em volumes maiores e com maior distribuição, além de temperaturas mais amenas também sendo esperadas. As mudanças mais expressivas estão sendo previstas a partir dos dias 2 e 3 de julho.

O mercado se ajusta ainda antes da divulgação dos novos boletins do USDA, sendo um deles o da área para a safra 2023/24 e o outro com a atualização dos estoques trimestrais de grãos no país em 1º de junho.

Exportações Brasil

As exportações de soja do Brasil em junho foram estimadas nesta terça-feira em até 14.2 milhões de toneladas, versus até 14.3 milhões de toneladas da previsão da semana anterior, segundo o relatório da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC).

Ainda assim, as exportações em junho poderiam registrar um aumento importante, de cerca de 4 milhões de toneladas na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo os dados da ANEC.

A associação ainda manteve praticamente inalterada a estimativa das exportações de farelo de soja do Brasil em 2.32 milhões de toneladas, versus 2.37 milhões estimados na semana anterior. Se confirmada a estimativa, este será o maior volume mensal do ano, com um aumento de 157.000 toneladas em relação a junho de 2022.

As exportações de soja em grão do Brasil em junho (16 dias úteis), totalizaram 11.473 milhões de toneladas.

Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Fretes

Levantamento da consultoria Safras & Mercado indica que os preços dos fretes da soja e do milho oscilaram nas principais rotas de escoamento do País na semana terminada em 28 de junho.

De Cascavel a Paranaguá: se manteve a R$ 165,00 por tonelada.

De Sorriso (MT) a Paranaguá: aumentou de R$ 510,00 para R$ 530,00 por tonelada.

De Rondonópolis (MT) a Paranaguá: aumentou de R$ 360,00 para R$ 380,00 por tonelada.

De Passo Fundo a Rio Grande: caiu de R$ 120,00 para R$ 115,00 por tonelada.

De Rio Verde (GO) ao Porto de Santos: se manteve a R$ 310,00 por tonelada.

De Uberlândia (MG) ao Porto de Santos: aumentou de R$ 255,00 para R$ 260,00 por tonelada.

Milho fecha novamente em baixa pressionado pelas previsões de chuvas no Corn Belt

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam novamente em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 24,25 a 25 centavos, com o setembro cotado a US$ 5,31¼ (- 4,49%) e o dezembro/23 a US$ 5,36¾ (- 4,32%) o bushel. O setembro na mínima do dia (US$ 5,29), registrou a menor cotação desde 9 de junho e o dezembro na mínima do dia (US$ 5,34), registrou também a menor cotação desde 9 de junho.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa pela quarta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de 29,25 a 29,50 centavos, com o setembro cotado a US$ 6,69¾ (- 4,18%) e o dezembro/23 a US$ 6,86¾ (- 4,12%) o bushel. O setembro na mínima do dia (US$ 6,67½), registrou a menor cotação desde 15 de junho e o dezembro na mínima do dia (US$ 6,84½), registrou a menor cotação desde 16 de junho.

USDA – Vendas

Exportadores reportaram ao USDA a venda de 170.706 toneladas de milho, sendo 21.340 toneladas da safra 2022/23 e 149.366 toneladas da safra 2023/24 para o México.

Etanol – EUA

A produção média de etanol nos Estados Unidos foi de 1.052 milhão de barris/dia na semana encerrada em 21 de junho. O volume está estável em relação ao da semana anterior. Já os estoques do biocombustível aumentaram 0,90%, para 23 milhões de barris, enquanto as exportações totalizaram 104.000 barris na semana, alta de 19,50% em relação aos 87.000 barris na semana passada. Os números foram divulgados hoje pela Administração de Informação de Energia do país (EIA, na sigla em inglês).

As estimativas dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires variavam entre 1.018 milhão e 1.055 milhão de barris/dia. Quanto aos estoques, as estimativas variavam entre 22 milhões e 23.004 milhões de barris.

Os números de produção de etanol nos Estados Unidos são um indicador da demanda interna por milho. No país, o biocombustível é produzido principalmente com o grão e a indústria local consome mais de um terço da safra doméstica do cereal.

Exportações Brasil

As exportações de milho do Brasil em junho (16 dias úteis), totalizaram 632.011 toneladas. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) estimou as exportações de milho em 1.157 milhão de toneladas em junho, contra 1.46 milhão de toneladas da semana anterior e em relação aos embarques de 1.5 milhão de toneladas no mesmo mês do ano passado.

Por Equipe SNA
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