Com recuperação da soja, a colheita brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá registrar um recorde de 293.6 milhões de toneladas em 2023, cerca de 11,80% a mais (30.9 milhões de toneladas) que em 2022, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu segundo prognóstico para a temporada.
Carro-chefe do agronegócio no País, a soja é a principal responsável pelo aumento. O IBGE prevê um aumento de 22,50% na colheita da oleaginosa em 2023, ou 26.86 milhões de toneladas. Outra contribuição de destaque para o crescimento da safra no próximo ano virá da primeira safra de milho, com estimativa de alta de 15,80%, ou 4.02 milhões de toneladas.
Além desses aumentos, o IBGE também estima variações positivas para a segunda safra de milho (1,90%, ou 1.6 milhão de toneladas), para o algodão herbáceo em caroço (0,80%, ou 31.700 toneladas), para o sorgo (4,50%, ou 127.800 toneladas) e para a primeira safra de feijão (4,20%, ou 45.900 toneladas).
Em contrapartida, estão previstas quedas para o arroz (3,10%, ou 332.600 toneladas), para a segunda safra de feijão (10,40%, ou 139.100 toneladas), para a terceira safra de feijão (1%, ou 6.500 toneladas) e para o trigo (12%, ou 1.1 milhão de toneladas).
Em relação à primeira estimativa, o aumento da colheita total chega a 1,90%, ou 5.5 milhões de toneladas.
Áreas
Para as áreas plantadas, o IBGE prevê aumentos para soja (3,70%), feijão segunda safra (0,70%), algodão herbáceo (0,10%) e milho segunda safra (1,30%), e quedas para o arroz em casca (4%), sorgo (1,40%), feijão primeira safra (1,80%), feijão terceira safra (1,10%) e trigo (2,40%).
Em 2022, a colheita brasileira de grãos totalizou 262.7 milhões de toneladas, 3,70% a mais (9.4 milhões de toneladas) que em 2021, segundo o IBGE.