Após três meses recuando, os custos de produção de leite voltaram a subir. No mês de agosto o aumento registrado pelo ICPLeite/Embrapa foi de 3%, a maior alta mensal desde maio de 2021.
Os dois primeiros quadrimestres acumularam alta de 4,30%, voltando a subir após o movimento de queda registrado nos últimos meses. Os últimos 12 meses acumularam um aumento de 10,40%.
Maiores impactos
O grupo Concentrado registrou a maior variação, impulsionado pelo aumento dos preços da mistura pronta e também da soja. Este grupo, que possui a maior contribuição para o cálculo do indicador, subiu 7,50%.
O grupo Energia e Combustível registrou a segunda maior alta motivada pelo reajuste na tarifa de energia elétrica, ocorrida em julho e que refletiu somente no mês seguinte.
O reajuste no preço da energia suplantou a queda registrada nos preços dos combustíveis, ainda devida à desoneração de tributos no varejo e redução de preços nas refinarias. Este grupo variou 6,60%.
A queda dos preços dos combustíveis, no entanto, foi o motivo da queda ocorrida no grupo Volumosos, o único que registrou deflação no mês, – 1,80%, contribuindo para manter o indicador. Esse grupo possui o segundo maior peso relativo na ponderação do indicador.
Os grupos Sanidade e Reprodução e Qualidade do leite variaram 0,70% e 0,60%, respectivamente. O grupo Minerais não registrou variação significativa e o Mão de Obra não variou. Os resultados para o mês de agosto obtidos para cada um dos grupos de custos que compõem o ICPLeite/Embrapa estão no Gráfico 1, a seguir.
Nos oito primeiros meses do ano, o ICPLeite/Embrapa acumulou uma alta de custos de 4,30%, revertendo o movimento de queda observado no trimestre anterior. O grupo Mão de Obra registrou variação de 17,60%, seguido pelos grupos Minerais, que registrou um aumento acumulado de 12,50% no período.
O grupo Sanidade e Reprodução registrou um aumento de 7,80%, seguido pelo grupo Qualidade do Leite, que foi de 1,80%. A novidade neste mês foi o grupo Concentrado, que voltou a acumular uma variação positiva de 1,60%. As quedas ocorreram nos grupos Energia e Combustível e Volumosos. Respectivamente, foram -12,30% e -0,70%.
A trajetória de queda da inflação acumulada em 12 meses foi interrompida em agosto, quando voltou a subir, indicando uma variação de 10,40%. Neste período, o custo do grupo Minerais aumentou 32,80%, seguido pelo Volumosos, com 21,30% de variação acumulada.
O grupo Mão de Obra registrou uma variação positiva, contribuindo para elevar os custos. O grupo Sanidade e Reprodução apresentou aumento de 8,70% e o Concentrado 1,8%, enquanto dois grupos indicaram queda no acumulado de 12 meses. São eles: Qualidade do Leite, – 0,50%, Energia e Combustível – 4,60%.