O diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, apresentou dados e iniciativas que reforçam a sustentabilidade do agro brasileiro no Global Agribusiness Forum.
Ele foi um dos expositores no painel “O agro que produz e preserva”, realizado no dia 25 de julho. O debate, mediado pelo chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, contou com a participação do presidente da CropLife Brasil, Christian Lohbauer, e do presidente do Instituto Nova Era, Vinicius Biagi.
“O Brasil consegue produzir e preservar ao mesmo tempo. O setor agropecuário utiliza apenas 30,2% do território para produção de alimentos. Além disso, 33,2% das áreas com preservação vegetal estão nas propriedades rurais. Isso demonstra o comprometimento do produtor rural brasileiro”, destacou Lucchi, ao citar dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O diretor técnico da CNA ressaltou ainda que apenas 7,6% do território brasileiro é usado para agricultura. “O sistema de plantio direto é utilizado em 36 milhões de hectares, enquanto que a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta abrange 17 milhões de hectares.”
Segundo Lucchi, “isso é resultado da pesquisa científica e do empreendedorismo de produtores que saíram de diversas regiões do Brasil e promoveram o desenvolvimento em novas regiões em função da atividade agropecuária”.
Ações
Além disso, o diretor da CNA detalhou ações que podem ser aprimoradas para demonstrar o que o mundo exige em relação à sustentabilidade da produção agropecuária brasileira.
Entre as medidas citadas por Lucchi estão a implementação do Código Florestal, a adequação na metodologia do inventário de emissões de gases do efeito estufa do Brasil e o combate ao desmatamento ilegal.
Na ocasião, o diretor reforçou que a análise do CAR é a base para a concessão de qualquer garantia ambiental sobre o produtor rural. “Por isso a importância de se buscar iniciativas que acelerem a análise e validação do CAR”, disse.
“É importante atuar em medidas estruturantes que envolvam políticas de desenvolvimento regional, promovendo a regularização fundiária e ambiental e todos os benefícios do código. Além disso é importante melhorar o acesso ao financiamento de ações, como o Fundo do Clima”.