Projeto de retomada econômica do Rio deverá beneficiar setores agrícola e pesqueiro

Vinícius Mesquita, presidente da OCB-RJ; Antonio Alvarenga, presidente da SNA; Nelson Rocha, secretário de Planejamento do Rio; Vinícius Farah, deputado federal; Carlos Monjardim, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do RJ e Antonio Carlos Pinheiro, presidente da Funcex. Foto: SNA

Agricultura e pesca representam alguns dos setores que poderão ser contemplados no atual movimento de retomada econômica do Estado do Rio. A informação é do deputado federal Vinícius Farah, coordenador-geral da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados.

Em recente almoço na Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), o parlamentar afirmou que a compra, pelo governo do Rio, do estaleiro Caneco, deverá “resgatar o setor pesqueiro e de pequenas embarcações”. Além disso, Farah destacou que Macaé está se tornando o maior produtor de grãos do estado.

No entanto, observou o deputado, o município precisa modernizar sua legislação. “Estamos realizando reuniões com os produtores locais para solucionar essas questões”, disse Farah, acrescentando que mudanças no âmbito legislativo também serão necessárias em outros setores da economia.

“Hoje o Rio vive um dos melhores momentos de sua história, um processo de retomada econômica. O estado reequilibrou suas contas, gerou empregos e modernizou a legislação nos setores de offshore, farmacêutico, entre outros”, destacou Farah, que também chamou a atenção para um recente projeto do governo estadual que irá implementar condomínios industriais em 38 municípios fluminenses, permitindo que os prefeitos possam atrair novos negócios.

“A única ferramenta de transformação é o desenvolvimento econômico”, enfatizou o parlamentar durante o encontro, que foi coordenado pelo presidente da SNA, Antonio Alvarenga.

Cooperativismo

Vinícius Mesquita, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras do Rio de Janeiro (OCB-RJ), afirmou que o setor cooperativista gera renda e riquezas e será um dos alicerces na retomada econômica do Estado. “É preciso divulgar o cooperativismo no Rio e oferecê-lo como elemento de organização econômica”, ressaltou o executivo.

“Temos o desafio junto ao Banco Central de transformar o Rio no segundo maior polo de crescimento do cooperativismo financeiro do Brasil”, complementou Mesquita, lembrando que o setor movimentou R$ 11 bilhões na economia do estado em 2021.

“64% da produção agropecuária do Brasil é proveniente do cooperativismo. É o que segura economicamente o País hoje em dia”, concluiu o presidente da OCB-RJ.

Cafeicultura

Ruy Barreto Filho, diretor da SNA, defendeu, durante o encontro, o retorno da cafeicultura ao Rio de Janeiro. “É uma questão estratégica, pois nenhuma produção emprega mais pessoas do que o café”.

Na ocasião, o diretor sugeriu a formulação de um programa de incentivo à produção ao café de montanha com incentivos fiscais. “O Brasil pode ter a maior plataforma de café do mundo”, disse.

Virtualização

Ao ressaltar a importância da inovação e dos avanços tecnológicos, o diretor da SNA, Jorge Ávila, afirmou que o País “caminha cada vez mais para a digitalização da economia”, e que o Rio “reúne todas as condições para assumir uma liderança nesse novo panorama, em segmentos como os de entretenimento e de educação, com o uso da Internet e de novas tecnologias”.

Segundo Ávila, nesse contexto, a área de conteúdo merece destaque. “O Rio é uma das cinco cidades do mundo que estabeleceu como prioridade seu mapeamento para o lançamento do metaverso (reprodução de conteúdo do mundo real no mundo virtual por meio de dispositivos digitais), informou o diretor da SNA.

Boa política

Para Nelson Rocha, secretário de Planejamento do Estado do Rio, “a capacidade de empreender e de criar alternativas por parte do atual governo do Rio, faz parte da boa política e está permitindo que os projetos aconteçam”.

“Discutimos o Rio sem disputas, sem tendências ou ideologias, para pensar no futuro do estado. O objetivo é arrecadar para produzir saúde, educação, segurança e qualidade de vida para a população. Temos o compromisso de realizar, mas sem as finanças públicas equilibradas não é possível conseguir investimentos e desenvolvimento”, reforçou o secretário.

Números

Ainda durante o evento, o deputado Vinícius Farah apresentou alguns dados relativos à economia fluminense. Segundo ele, o Rio é hoje o segundo estado da federação em geração de empregos. “Foi o primeiro estado brasileiro a recuperar 100% dos empregos perdidos durante a pandemia”, disse.

“O Rio tem mais de R$ 76 bilhões em investimentos privados e superávit de R$ 6 bilhões. Nos últimos 12 meses, foram abertas no estado mais de 73 mil novas empresas, e isso representa um recorde. É o melhor número do estado em 208 anos”, finalizou o parlamentar.

Estiveram presentes ao almoço na SNA, entre outros, Antonio Carlos Pinheiro, presidente da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex); Jésus Mendes Costa, presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro (Facerj); José Antonio Nascimento Brito, presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e da Associação de Rádio e Televisão do Estado do Rio; Júlio César Freitas, diretor do Sebrae-RJ; Carlos Monjardim, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro; Abdul Nasser, superintendente da OCB-RJ; José Roberto Borges, diretor jurídico do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa; Cláudio Castro, diretor do jornal Diário do Rio, e os membros da diretoria da SNA, Hélio Sirimarco (vice-presidente); Sérgio Malta (diretor) e Rui Otávio Andrade, membro do Conselho Fiscal.

Equipe SNA
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp