Entre 2020 e 2021, o Rio Grande do Sul importou cerca de dois milhões de toneladas de milho e, neste ano, as compras externas devem aumentar para, pelo menos, quatro milhões de toneladas. Esses números foram apresentados pelo diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, durante reunião da Câmara Setorial do Milho da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do estado.
Segundo Kerber, de fato, este ano, o momento é “mais desafiador”, pois o estado terá produção bem menor de milho do que nos dois anos anteriores. “Já se estima uma necessidade de aquisição de milho em outros estados e mesmo em outros países, de cerca de quatro milhões de toneladas do grão”, confirmou o diretor do Sips, em nota divulgada pela Secretaria.
Ainda segundo Kerber, o fluxo de entrada de milho importado do Paraguai e da Argentina está intenso, mas enfrenta dificuldade por causa de uma operação padrão realizada por servidores da Receita Federal e do Ministério da Agricultura.
“O Ministério não tem técnicos suficientes para atender à demanda (de fiscalização da importação)”, disse o diretor, se referindo ao fluxo de veículos que entram por São Borja e Porto Xavier. “Estão sendo feitas tratativas para a abertura do porto em Mauá, mas também, infelizmente, não há técnicos do Ministério para viabilizar o trânsito portuário. São desafios enormes que o setor enfrenta.”