Boi: preço do bezerro recua 6,30% na parcial de abril
As cotações do bezerro estão em movimento de queda desde o início de 2022. Na parcial deste mês (de 31 de março a 19 de abril), o Indicador do Bezerro Esalq/BM&FBovespa Mato Grosso do Sul recuou 6,31%.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a pressão sobre os valores da reposição é proveniente da recomposição cada vez maior da oferta de animais jovens, dos elevados custos aos pecuaristas criadores e da chegada da entressafra, quando as condições dos pastos pioram para a recria.
Esse fator, inclusive, pode motivar pecuaristas a mandarem mais animais aos confinamentos ao longo deste ano. Vale lembrar que o animal de reposição é o item de maior custo dentro do confinamento, seguido pela alimentação.
Arroz: com baixa liquidez, preços seguem em queda
O ritmo de negócios de arroz em casca está reduzido no Rio Grande do Sul, devido à retração de agentes por conta dos feriados de abril, segundo informações do Cepea. As oscilações da taxa de câmbio e as incertezas quanto ao ritmo de compras por parte de atacadistas/varejistas também diminuíram a liquidez.
Nesse cenário, as cotações do arroz em casca continuam em queda. Entre os dias 12 e 19 de abril, a média ponderada do Estado do Rio Grande do Sul, representada pelo Indicador Cepea/Irga-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista), caiu 1,48%, fechando a R$ 72,64/saca de 50 kg na terça-feira (19).
Café: arábica volta a recuar e negócios seguem lentos
As cotações domésticas do café arábica voltaram a recuar, pressionadas pela queda dos contratos futuros da variedade. O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 1.233,88/saca de 60 kg, com queda de 3,45% entre os dias 12 e 19 de abril.
Em relação aos negócios, com a nova desvalorização do grão e com o feriado de Sexta-feira Santa e a proximidade do de Tiradentes, a maior parte dos agentes se mantém afastada do mercado spot nacional.
Já no front externo, a pressão veio das perspectivas de menor demanda de café, devido aos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e do novo lockdown na China.
Algodão: preços da pluma voltam a subir
Os preços do algodão em pluma voltaram a subir no mercado brasileiro, segundo dados do Cepea. Entre os dias 12 e 19 de abril, o Indicador Cepea/Esalq subiu 0,24%, fechando a R$ 7,1885/lp na terça-feira (19). Na parcial de março, por outro lado, o indicador ainda registra uma baixa de 0,96%.
Segundo pesquisadores do Cepea, as expressivas altas nos preços internacionais e a elevação na paridade de exportação fizeram com que os preços do algodão em pluma voltassem a subir no Brasil.
Atentos a esse cenário, vendedores estiveram mais firmes e/ou aumentaram os valores pedidos pelos lotes disponibilizados no mercado spot, sobretudo para o produto de maior qualidade.
Fonte: Cepea