As exportações brasileiras totais de café totalizaram 3.431.172 sacas de 60 kg em outubro de 2021, registrando uma queda de 23,80% em relação às 4.504.059 sacas exportadas no mesmo mês do ano passado. Em receita cambial, contudo, houve um aumento de 11,30% na mesma comparação, saltando de US$ 564.7 milhões para os atuais US$ 628.5 milhões.
O desempenho do mês passado elevou as exportações do País para 33.274.973 sacas no acumulado do ano, gerando uma receita de US$ 4.815 bilhões. Esse desempenho representa uma queda de 6,30% no volume, mas um aumento de 7% na receita, em relação ao mesmo período de 2020.
No ano safra 2021/22, o desempenho é similar, com os embarques recuando 20,70%, para 12.331 milhões de sacas, porém, com a receita aumentando 6,50%, para US$ 2.011 bilhões, entre julho e outubro.
Entraves
“A queda no volume das exportações reflete a continuidade dos conhecidos gargalos logísticos no comércio marítimo mundial. O cenário é preocupante”, disse Nicolas Rueda, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
“Especialistas do setor, com os quais nos reunimos em diversos eventos nacionais e internacionais, apontam que esses entraves devem se arrastar durante 2022, devido ao grande volume dos produtos agrícolas brasileiros acumulados nos portos e às safras que são escoadas a partir do segundo semestre.”
Elevação dos custos
Outra preocupação apontada por Rueda, além dos gargalos na logística, é a elevação dos custos. “Eles têm contribuído para as fortes altas nos índices de inflação, gerado indisponibilidade de insumos essenciais ao agronegócio no Brasil e uma escalada nos preços que começa a preocupar os produtores como um todo. Logicamente, o setor cafeeiro não é poupado dessas aflições”, disse.
Receita cambial
Já o presidente do Cecafé afirmou que o desempenho positivo registrado na receita cambial com as exportações da commodity resulta do contexto mercadológico. “Apesar da queda em volume, a geração de divisas para o Brasil com os embarques tem importantes crescimentos, que se justificam pela elevação das cotações internacionais do café, assim como pelos atuais níveis do dólar.”
As informações foram divulgadas no relatório estatístico mensal do Cecafé.
Fonte: Agrolink
Equipe SNA