Conab: última estimativa da safra 2020/21 confirma queda de 1,80% em relação a de 2019/20, para 252.3 milhões de toneladas

A produção nacional de grãos na safra 2020/21 deve totalizar 252.3 milhões de toneladas, uma queda de 1,80% em relação à safra de 2019/20, que foi de 257.01 milhões de toneladas. Na comparação com a pesquisa anterior, de agosto, a safra 2020/21 é 0,70% menor (menos 1.67 milhão de toneladas).

A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu 12º e último levantamento . A estatal informou que, a partir de outubro, irá reiniciar o ciclo e dar prosseguimento à projeção dos números da próxima colheita 2021/22 no País.

As áreas da primeira safra estão totalmente colhidas, e as de segunda safra ingressaram na fase final de colheita. As culturas que têm uma terceira safra, como milho e feijão, estão no período que varia desde o florescimento até o fim da colheita. Já as culturas de inverno, como trigo, permanecem em fase inicial de colheita, que será intensificada a partir deste mês.

Milho

No caso do milho, a produção total é de 85.75 milhões de toneladas, volume 16,40% menor do que em 2019/20, quando foram colhidas 102.5 milhões de toneladas. A primeira safra está com a colheita finalizada (queda de 3,70%, para 24,74 milhões de toneladas em relação a 2019/20).

A segunda safra, com 86,90% da colheita concluída até o fim de agosto, deve ser de 54.47 milhões de toneladas (menos 20,80%). Para a terceira safra, situada na região do Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), além dos cultivos em Pernambuco e Roraima, as fases das lavouras variam desde a fase vegetativa até as operações de colheita. A estimativa é de uma colheita de 1.53 milhão de toneladas, com queda de 16,80% em relação a 2019/20.

Soja

A produção de soja foi a que equilibrou mais os números totais da safra, com uma produção recorde estimada em 135.9 milhões de toneladas e aumento de 8,90% em relação à safra 2019/20. O levantamento feito pela Conab mostra que a colheita está praticamente finalizada, restando a produção de Roraima e Alagoas, que representam pouco mais de 0,10% do volume nacional.

Feijão

Com relação ao feijão, cultura também bastante atingida pelas intempéries climáticas, as atenções estão voltadas para a cultura de terceira safra, que estão em fase final de colheita.

A produção total é estimada em 2.86 milhões de toneladas, 11,40% menor que a obtida na safra 2019/20, com impacto da seca nas principais regiões produtoras. Desse volume, 1.7 milhão de toneladas são de feijão comum cores, 483.700 toneladas de feijão comum preto e 625.200 toneladas de feijão caupi.

Arroz

Outra cultura com número positivo é o arroz, que nesta safra tem produção estimada em 11.75 milhões de toneladas, 5% superior ao volume produzido na temporada anterior.

Desse total, 10.8 milhões de toneladas são cultivadas com irrigado e 921.000 toneladas em áreas de plantio de sequeiro. A colheita da safra 2020/21 já foi concluída no País, e alguns estados produtores iniciaram o plantio da safra 2021/22.

Algodão e culturas de inverno

O algodão teve redução nesta safra, com a produção estimada em 2.36 milhões de toneladas de pluma, 21,50% inferior à safra passada. Mas a queda esteve mais relacionada à diminuição da área plantada do que com as condições climáticas, que de modo geral até favoreceram o bom desenvolvimento dessas lavouras.

Já para as culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale), estima-se um aumento de 13,10% na área plantada.

Destaque para o trigo, que registra um expressivo aumento na área de 14,90%, situando-se em 2.69 milhões de hectares. A estimativa atual é de uma produção de 8.15 milhões de toneladas, a depender das condições climáticas até outubro.

 

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA

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