Na semana em que se comemora a Independência do Brasil, o diretor jurídico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Frederico Price Grechi, disse que os valores e sentimentos de amor à pátria precisam também considerar os aspectos agroambientais, uma vez que o agro brasileiro continua produzindo (mesmo na pandemia), com qualidade e sustentabilidade.
“O patriotismo agroambiental, que faz parte de uma dimensão maior chamada de ‘patriotismo constitucional’, permitirá a redução das disputas entre os grupos antagônicos em torno de um projeto que revele um consenso mínimo possível, no qual a terra seja vista como um recurso natural funcionalizado em favor do bem-estar da humanidade”, destacou Grechi.
Segundo ele, essa visão favorece “uma nova relação produtiva e distributiva com o capitalismo, dentro dos parâmetros humanista, do comércio justo e da economia verde.”
“Considero importante essa manifestação da SNA, principalmente quanto ao Direito Agrário. O direito de propriedade aliado ao respeito das leis ambientais é fundamental para a avanço do Brasil”, afirmou o ex-ministro da Agricultura Antonio Cabrera.
Fazendo referência a uma citação do jurista Octavio Mello Alvarenga, Grechi acrescentou que “o Direito Agrário tem importância fundamental na geopolítica do Brasil, para auxiliar e aperfeiçoar a política de ocupação territorial, em consonância com os princípios da justiça social e da produtividade.”
Produção
O diretor da SNA também lembrou que, atualmente, a produção de grãos, carnes, matéria-prima para biocombustíveis, entre outros – ou seja, toda a produção brasileira – ocupa apenas 27,7% do território nacional.
“Em contrapartida, 61% do território nacional é composto por vegetações primárias originárias, sobrepondo, em parte a este, 14,7% de terras indígenas. Portanto, apenas 1/4 do território nacional produz alimentos para todo nosso país, e ainda responde por mais de 37% das exportações”, ressaltou Grechi.
Equipe SNA