StoneX reduz estimativa da safrinha de 82 para 59 milhões de toneladas e indica preços elevados até final do ano

A colheita da segunda safra de milho está acelerada e entrando na reta final em estados do Centro-Oeste e Sudeste, o que permite ter uma ideia melhor do tamanho da produção que será atingida neste ciclo, marcado por muitas dificuldades climáticas.

Segundo o analista da StoneX, João Lopes, o atraso no plantio, estiagem e geada reduziram a estimativa inicial da consultoria das 82 milhões para 59.6 milhões de toneladas neste momento, um volume 22.4 milhões de toneladas menor e bem abaixo do registrado em anos anteriores.

Lopes ressalta ainda que, como o Paraná ainda está mais atrasado com a colheita e foi justamente o estado que mais sofreu com as condições climáticas adversas, a produção final da safrinha poderá ser ainda menor do que essa última estimativa.

Resultante deste cenário, o analista estima que o Brasil irá bater o seu recorde de importações do cereal, saindo das costumeiras 1.5 milhão de toneladas e passando para 3 milhões de toneladas em 2021. Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), de janeiro até agora, já foram importadas 1.164.244 toneladas de milho.

Exportação

Outro item que sofrerá alteração é a exportação do cereal, que segundo a consultoria irá cair das 35 milhões de toneladas registradas nos últimos anos para apenas 19 milhões de toneladas.

A queda foi justificada pela intenção de venda dos produtores em se voltar para o mercado interno, que inclusive levou alguns volumes que já estavam comprometidos nas exportações, devido aos melhores preços pagos.

Analisando todos estes pontos, Lopes prevê que os preços do milho no Brasil devem permanecer em patamares elevados, pelo menos até o final do ano. Ele afirma que o desenvolvimento da safra dos Estados Unidos e as movimentações cambiais do dólar são fatores que merecem atenção daqui para frente.

 

 

Fonte: Notícias Agrícolas

Equipe SNA

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