O volume relativo às indenizações de produtores que contrataram o seguro rural em suas atividades, entre janeiro e junho de 2021, alcançou R$ 1.7 bilhão, informou a Superintendência de Seguros Privados (Susep).
O montante pago este ano, segundo o órgão do governo federal, é um pouco inferior ao registrado no primeiro semestre do ano passado (R$ 1.8 bilhão). Em 2020, o valor total pago pelas seguradoras aos produtores foi de R$ 2.5 bilhões.
Ainda de acordo com a Susep, o total indenizado pelas seguradoras, nos últimos dez anos, em números atualizados, foi de R$ 15.2 bilhões.
Dados revisados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no âmbito do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), mostram que em 2020 foram pagos R$ 1.1 bilhão em indenizações pelas seguradoras aos produtores de todo o País que contrataram apólices.
Ao contrário dos dados da Susep, que contemplam todas as operações do mercado de seguros e contabilizam todos os valores pagos em 2020, independentemente do período de contratação da operação, os dados divulgados do PSR consideram apenas as apólices contratadas com subvenção no ano passado, sem considerar quando as indenizações foram pagas.
Estados
O levantamento do Mapa indicou que os estados do Paraná (com R$ 286.5 milhões), Rio Grande do Sul (com R$ 268.4 milhões) e São Paulo (com R$ 147.9 milhões) foram os que registraram o maior volume de pagamentos. Em seguida estão Goiás com R$ 95.9 milhões; Mato Grosso com R$ 95.2 milhões; Santa Catarina, com R$ 93.3 milhões e Mato Grosso do Sul com R$ 66 milhões.
Eventos climáticos
De acordo com o Mapa, o principal evento climático causador das perdas foi a seca, responsável por R$ 684 milhões em indenizações, ou seja, pouco mais de 60% do total indenizado. A segunda causa foi o granizo, com 15,70% das indenizações, à frente de outros fatores como chuva excessiva (9,60%) e geada (9,30%).
Subvenção
O ministério informou que este ano foram disponibilizados aos produtores, e de uma única vez, R$ 924 milhões para subvencionar a contratação de apólices de seguro rural. Desse total, aproximadamente R$ 800 milhões já foram utilizados. O restante deve ser consumido até o final do mês de setembro.
O PSR oferece ao produtor a oportunidade de segurar sua produção com custo reduzido, por meio de auxílio financeiro do governo federal. Atualmente, o percentual de subvenção ao prêmio pode variar entre 20% e 40% do valor da apólice, a depender da atividade e cobertura contratada.
Riscos
Segundo analistas, o grande volume de indenizações revela que o seguro rural é uma ferramenta importante para a mitigação de riscos na agropecuária.
“O produtor rural precisa incorporar o seguro no seu custo de produção. Deve ser um item permanente em todas as safras. O custo benefício da contratação é vantajoso, ainda mais se considerarmos o auxílio financeiro do governo federal na aquisição da apólice”, afirmou Guilherme Bastos, Secretário de Política Agrícola (SPA-Mapa).
Ele lembrou que, nas últimas safras, ocorreram diversos eventos climáticos severos em algumas regiões do País, e que, diante disso, “o produtor que contratou o seguro não teve tanta preocupação; já os demais que não contrataram podem estar com dificuldades de financiamento.”
Contratação
O produtor que tiver interesse em contratar o seguro rural deve procurar um corretor ou uma instituição financeira que comercialize apólice de seguro rural. Atualmente, 15 seguradoras estão habilitadas para operar no PSR.
A subvenção econômica concedida pelo governo federal pode ser pleiteada por qualquer pessoa física ou jurídica que cultive ou produza espécies contempladas pelo programa e que não tenha restrição financeira com a União.
Acesse aqui mais informações sobre o seguro rural.
Fonte: Ministério da Agricultura
Equipe SNA
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