No acumulado do ano até o momento, o agronegócio brasileiro contabilizou US$ 72.7 bilhões em exportações, 20% acima do mesmo período do ano passado. No mês de julho, os embarques do agro totalizaram US$ 11.29 bilhões, 15,80% superior em relação a julho de 2020. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Do total exportado nos primeiros sete meses do ano, a maior parcela é resultante do complexo soja (47% do total), que somou US$ 34.1 bilhões, com aumento de 24,70% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento é proveniente da alta dos preços dos produtos do complexo, pois os volumes comercializados internacionalmente não tiveram elevações relevantes.
No tocante à soja em grão, que tem maior representatividade em volume e em valor, o total exportado no acumulado do ano até julho foi de 66.2 milhões de toneladas, enquanto no mesmo período de 2020 foram exportadas 68.7 milhões de toneladas, com queda de 3,70%.
Cotações
Por outro lado, os preços aumentaram 27,60% neste mesmo comparativo. O balanço apertado da oferta e demanda global de soja reflete nos preços em patamares elevados, o que aumenta também as cotações do óleo e do farelo de soja, que no comparativo acumulado até julho 2021 registraram altas de 75,20% e 29,10% respectivamente, comparado com o mesmo período de 2020.
Em seguida, o complexo de proteínas animais apresentou a segunda maior representatividade nos valores de exportações, com 15,23% do total até julho. A receita com os embarques de carne bovina in natura registrou alta de 7% em relação à 2020, explicado pelo aumento de 11,90% no preço, enquanto o volume caiu 4,60% no período.
Já a carne de frango e a carne suína in natura variaram positivamente tanto em volume exportado, 7,20% e 16%, respectivamente, quanto em preço, 7,30% e 7,60% no comparativo com o primeiro semestre de 2020.
Destinos
Os principais países de destino, em valor, das exportações totais brasileiras, nos primeiros sete meses de 2021, foram: China (38,30%), União Europeia (14,60%) e Estados Unidos (6,56%).
Açúcar e etanol
No complexo sucroenergético, mesmo com as estimativas de quebra de safra da cana, as exportações de açúcar bruto e etanol estão com volumes maiores no período compreendido entre janeiro e julho quando comparado com o ano anterior. O açúcar bruto registrou aumento de 7,60% no volume exportado e o etanol de 10,70%.
Lácteos
A maior variação de janeiro a julho de 2021 foi dos lácteos, com volume superior em 71% comparado com o mesmo período de 2020, porém, com preços 15% menores.
Ainda assim, vale destacar que o volume das exportações de lácteos é pequeno relativamente ao tamanho da produção e o saldo comercial do setor é negativo já que as importações são ainda maiores.
Algodão e milho
Por fim, destaque para o algodão, com aumento no volume exportado de 31,30% em relação ao mesmo período de 2020 e preços 8,10% maiores.
Já o milho registrou queda de 22,20% no acumulado do ano até julho, totalizando 5.6 milhões de toneladas exportadas. Essa redução é explicada pela baixa disponibilidade do produto e os elevados preços locais.
Fonte: Agrolink, com informações do relatório da Consultoria Agro Itaú
Equipe SNA