O porto Ningbo-Zhoushan, na China, foi parcialmente fechado nesta quinta-feira, depois que um de seus funcionários foi testado positivo para a Covid-19.
A direção decidiu pelo fechamento do terminal Meishan do terceiro porto de contêineres mais movimentado do mundo e intensificou as preocupações globais sobre a já conhecida fragilidade das cadeias de suprimento e abastecimento do comércio internacional.
O terminal que responde por cerca de 25% das cargas de contêineres que passam pelo porto, segundo informações da Bloomberg, ficará fechado até um novo aviso ser emitido. Empresas internacionais de transporte marítimo já alertam sobre a suspensão, provocando atraso das viagens e impacto sobre o manuseio das cargas.
Impacto
“Isso pode comprometer a demanda”, disse Marcos Araújo, analista da Agrinvest Commodities. Sem contar que os “fretes de contêineres explodiu”, e deve também ser impactado por mais esta notícia, principalmente neste momento que antecede, segundo especialistas, uma temporada mais intensa de compras que antecede as festas de final de ano.
Custos de fretes marítimos/Gráfico: Bloomberg
Taxas
Recentemente, as taxas de frete de um container da China ou do sudeste asiático para a Costa Leste dos Estados Unidos registraram um recorde de US$ 20.600,00 por unidade de 20 pés, medida padrão para contêineres de cargas do Índice Global de Frete de Contêineres da Freightos Baltic.
Tempo de espera
Com o fechamento do terminal, o tempo de espera para os navios no porto de Ningbo pode passar para algo entre sete e nove dias, enquanto era de um a três quando Meishan estava ainda em funcionamento.
Desvios
Segundo especialistas, o porto deverá promover o máximo de desvios de cargas para outros terminais e tentar otimizar os trabalhos. Ainda assim, já se espera o início de um congestionamento no porto, dada sua importância nas rotas marítimas globais.
Histórico
Este é o segundo fechamento recente de um porto chinês nos últimos meses. O porto de Yantian, em Shenzhen, ficou fechado do final de maio até o mês passado e também comprometeu as cadeias de abastecimento, os fretes marítimos e os custos de contêineres e ainda forçou a volta de mercadorias para armazéns e fábricas.
Fonte: Notícias Agrícolas
Equipe SNA