IBGE: safra em 2021 será de 256.1 milhões de toneladas

A safra agrícola de 2021 deverá totalizar 256.1 milhões de toneladas, um aumento de 0,80% em relação a de 2020, o equivalente a 1.9 milhão de toneladas a mais. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao levantamento de junho, houve uma redução de 0,90% na estimativa de produção deste ano, de 2.4 milhões de toneladas. Foi o quarto mês seguido de ajuste para baixo na estimativa para a produção agrícola de 2021. Mesmo assim, a projeção do LSPA de julho sinaliza mais um recorde na série histórica iniciada em 1975, ainda que apenas ligeiramente superior ao recorde de 2020.

Além disso, os produtores brasileiros devem colher 68.2 milhões de hectares na safra agrícola de 2021, um aumento de 4,30% em relação à área colhida em 2020. O resultado representa 2.8 milhões de hectares a mais em um ano. Em relação ao LSPA de junho, o crescimento foi de 177.600 hectares, com aumento de 0,30%.

Milho

As revisões para baixo na estimativa da produção do milho de segunda safra foram as principais responsáveis pela redução, pelo quarto mês seguido, nas estimativas do IBGE para a safra de grãos de 2021. Segundo o levantamento divulgado pelo instituto, a segunda safra de milho será de 65.2 milhões de toneladas em 2021, 5,90% abaixo da estimativa de junho.

Na comparação com 2020, a quebra na segunda safra de milho levará a uma produção 15% menor. Na passagem das estimativas de junho para julho, os destaques foram as quedas nas produções previstas para o Paraná (- 37,80%), Goiás (- 4,90%) e Pernambuco (- 17,20%).

Total

A primeira safra de milho foi de 26.4 milhões de toneladas, segundo o LSPA de julho. Nesse caso, o IBGE fez um ajuste de 2,40% para cima, na comparação com o LSPA de junho. No total, a produção de milho deverá totalizar 91.6 milhões de toneladas em 2021, com queda de 11,30% em relação a 2020.

“Com rendimento médio em queda (- 3,40%), a estimativa da produção declinou 3,60% em relação à última informação mensal, totalizando 91.6 milhões de toneladas. Em relação ao ano anterior, a produção deve ser 11,30% menor, embora haja aumentos de 6,60% na área plantada e de 6,50% na área a ser colhida”, resumiu o IBGE, em nota.

Arroz

Safras importantes para a garantia de oferta de alimentos comuns na mesa dos brasileiros, como arroz e trigo, deverão ter desempenho positivo este ano, aliviando um pouco a pressão de preços, segundo o IBGE. A produção de arroz ficará em 11.5 milhões de toneladas, 4,10% acima do registrado em 2020, enquanto a safra de trigo deverá somar 8.4 milhões de toneladas, aumento de 34,80% na comparação com o ano passado.

O instituto informou que a estimativa para a produção de arroz, no levantamento de julho, ficou 2,60% da projeção feita em junho, “devido à reavaliação na produtividade das lavouras, com alta de 2,70%”.

“Essa produção (de arroz) será suficiente para abastecer o mercado brasileiro, possibilitando maior equilíbrio nos preços do cereal, que alcançou patamares históricos em 2020, devido ao aumento do consumo interno e pelo aumento das exportações devido ao estímulo cambial”, indicou a nota divulgada pelo IBGE.

Trigo

Já a produção de trigo, importante matéria-prima para a fabricação de pães, massas e bolos, do qual o Brasil é importador líquido, deverá ficar em 8.4 milhões de toneladas, um aumento de 34,80% em relação a 2020. Tamanho avanço se explica porque, em 2020, “as lavouras de inverno foram afetadas por problemas climáticos, o que reduziu seus potenciais produtivos”, destacou a nota divulgada pelo IBGE.

Em 2021, a seca e as ondas de frio ainda não atrapalharam a produção de trigo, por isso, comparativamente, a safra deverá ser melhor do que a do ano passado. Segundo o instituto, o rendimento médio da safra de trigo em 2021 deverá aumentar 19,90%, já que a área plantada aumentou 12,40%, “em decorrência do estímulo do preço do produto”.

Região Sul

“A região Sul deve responder por 90,40% da produção tritícola nacional em 2021. No Paraná, maior produtor (46,40% do total nacional), a produção deve aumentar em 24,60% em relação a 2020, totalizando 3.9 milhões de toneladas”, informou o IBGE.

“O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor (40,70% do total), deve produzir 62,10% a mais que em 2020, totalizando 3.4 milhões de toneladas. Santa Catarina também investiu mais no cereal, subindo sua estimativa da produção em 58,90% em relação a 2020, chegando a 275.600 toneladas em 2021.”

Feijão

Já a produção total de feijão, de acordo com o LSPA de julho, deverá totalizar 2.7 milhões de toneladas em 2021, em suas três safras. Ainda é uma alta de 0,50% em relação a produção total de feijão no ano passado, mas o IBGE reduziu, em julho, a estimativa em 1,60%, na comparação com o LSPA de junho.

 

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA

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