O milho segundo safra, também conhecido como safrinha, respondeu por 46 milhões de toneladas na safra de 2012/2013, enquanto a tradicional atingiu 35 milhões de toneladas. Atualmente, é plantado na maioria das regiões produtoras, nos meses de janeiro e fevereiro, após a colheita da primeira safra do grão, ocupando 57% da produção total, com 9 milhões de hectares na safra 2012/2013, de um total de 15,9 milhões de hectares.
Para se ter uma ideia da evolução, em 2002/2003 o milho safrinha ocupava 3,5 milhões de hectares e representava 27% da oferta nacional. Para discutir a cultura do grão, a Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Milho e Sorgo e Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) promovem, entre 26 e 28 de novembro, o 12º Seminário Nacional de Milho Safrinha, em Dourados (MS).
Na safra 2013/2014, os produtores brasileiros de milho têm 467 opções de cultivares para plantio, sendo que 253 (54,2%) são transgênicas e as demais 214 (45,8%) são convencionais. “Pela primeira vez, há mais opções de sementes de milho transgênicas”, afirma o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Décio Karam, que ministrará palestra sobre o milho transgênico e o manejo de plantas daninhas durante o evento da Embrapa.
De acordo com ele, em 2013 o produtor de milho conta também com duas opções de híbridos duplos transgênicos, categoria de sementes tradicionalmente associada a menores rendimentos do que os demais híbridos (triplos e simples). No entanto, Karam informa que a safra atual terá concentração de híbridos simples transgênicos, que representam 81,8%, ante 17,4% de híbridos triplos transgênicos e 0,8% de híbridos duplos transgênicos, a novidade da safra. Das sementes convencionais, 44,7% referem-se a híbridos simples, 18,6%de híbridos triplos, 19,5% de híbridos duplos e 17,2% de variedades.
“A área plantada com transgênicos vem crescendo em função da capitalização do produtor, da redução do custo de produção devido ao menor uso de inseticidas e do uso do herbicida inicial, da economia de combustível e da menor agressividade ao meio ambiente”, justifica o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Israel Alexandre Pereira Filho, da área de Fitotecnia.
Conforme explica, os híbridos duplos transgênicos foram desenvolvidos para produtores de menor poder aquisitivo, a utilização vai depender do preço da semente, da eficácia no controle de pragas e a tolerância ao herbicida glifosato, bem como a adaptabilidade nas principais regiões produtoras. A Embrapa estima a área total plantada com milho transgênico em 12,9 milhões de hectares, na safra atual, uma taxa de adoção de 81,4%, considerando as duas safras.
Por equipe SNA/SP