O Brasil exportou 3.3 milhões de sacas de 60 kg de café em abril, 8,50% a menos do que no mesmo mês de 2020, informou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A receita cambial caiu 7,40% no período, para US$ 447.2 milhões.
No acumulado da safra 2020/21, que começou em julho de 2020, o País já exportou 39.5 milhões de sacas, com aumento de 16,60%. A receita subiu 14,10% na mesma comparação, para US$ 5 bilhões.
“O resultado de abril foi o segundo melhor nos últimos cinco anos”, indicou em nota o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda.
Segundo ele, o resultado foi obtido mesmo com os entraves logísticos gerados pela Covid-19 e pela concentração do fluxo do comércio na Ásia, que, entre outros fatores, reduziu a disponibilidade de contêineres para a exportação de café.
Quadrimestre
No primeiro quadrimestre, os embarques totais chegaram a 14.8 milhões de sacas, 8,60% mais do que um ano antes, enquanto a receita aumentou 6,10%, para US$ 1.95 bilhão.
O principal destino do café brasileiro no ano civil até aqui foi os Estados Unidos, com participação de 19,30% nas exportações do Brasil. Os EUA importaram 2.9 milhões de sacas no período, aumento anual de 4,20%.
As exportações de cafés diferenciados entre janeiro e abril somaram 2.19 milhões de sacas, enquanto a receita foi de US$ 374.5 milhões.
Safra 2021/22
Rueda indicou que o cenário para a próxima safra de café do Brasil é de alerta. “Sabidamente, a próxima safra é de baixa no ciclo bienal da produção brasileira. Além disso, o setor continua observando as condições climáticas, que já impactaram o volume a ser colhido devido ao menor nível de chuvas no último trimestre de 2020 e também em 2021”, disse.
“Atualmente, mesmo sendo um período de menos precipitações em comparação a outras épocas do ano, tem chovido bem menos do que a média histórica para a região Sudeste, principal cinturão cafeeiro do Brasil, o que certamente afetará o tamanho da colheita e poderá ser refletido nas exportações”.
Fonte: Broadcast Agro
Equipe SNA