Amparado em três pilares – crédito, assistência técnica e comercialização – a Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura pretende intensificar as políticas públicas para alavancar ainda mais o setor em 2021.
Hoje, 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são oriundos da agricultura familiar. Nos últimos dez anos, o setor aumentou a produção e contribuiu também para a Balança Comercial.
Em entrevista ao portal Agrolink, o secretário de Agricultura Familiar, Fernando Schwanke, destacou que o segmento retornou ao ministério depois de 20 anos e agora caminha junto ao cooperativismo.
Porém, para amparar a grande parcela de pequenos produtores, Schwanke elencou os trabalhos de assistência técnica como o maior desafio da Pasta. “Nosso maior desafio é a assistência técnica e extensão rural. O Censo aponta que 20% dos produtores tem acesso, enquanto no setor cooperativo o percentual é de 68%”, disse.
“Na região Sul o número chega a 48%, mas no Norte e Nordeste não passa de 10%. Este é um desafio enorme que temos pela frente e pretendemos, por meio de ferramentas digitais, atender já 100 mil agricultores no Nordeste”.
Estímulo
Para estimular a comercialização dos produtos oriundos da agricultura familiar, Schwanke mencionou os valores aportados no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e frisou que as compras governamentais de alimentos podem chegar a um bilhão de toneladas.
Para fomentar as linhas de crédito aos pequenos produtores, o secretário também sublinhou os resultados obtidos nos programas de bioeconomia e habitação rural.
Protagonismo
Embora os volumosos números do agronegócio brasileiro estejam concentrados na agricultura empresarial, Fernando Schwanke enalteceu o protagonismo da agricultura familiar e lembrou que o agronegócio deve ser pensado como um todo.
“A agropecuária brasileira é uma só e se complementa muito bem. Os pequenos agricultores são responsáveis pela produção de alimentos frescos do Brasil. Hoje, os grandes cinturões verdes é que estão abastecendo a população brasileira”, disse.
“O agro é mais ou menos como a educação, que é dividida em ensino infantil, médio e superior, mas tudo é educação. Nós também trabalhamos assim com a agricultura, tratando de públicos distintos com políticas distintas”.
Fonte: Agrolink
Equipe SNA