A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) estima que a produção nacional de milho possa chegar à marca de 150 milhões de toneladas nos próximos cinco anos. Além de fomentar o cultivo do grão, a entidade defende a expansão de áreas no País para ampliar a capacidade produtiva.
Para safra 2020/2021, a produção de milho foi estimada em 102.6 milhões de toneladas, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em entrevista ao Agrolink, o presidente institucional da Abramilho, Cesário Ramalho da Silva, considerou, nesta sexta-feira, que a próxima safra já possa atingir o patamar de 110 milhões de toneladas.
“O desafio da Abramilho é chegar a 150 milhões de toneladas até 2025. Não é fácil, mas este é o nosso desafio. A cultura do milho é rentável e teve boa rentabilidade neste ano. Em dez anos, nós saímos de 50 milhões para 100 milhões de toneladas”, disse.
Expansão de áreas
Cesário Ramalho condicionou o aumento da produção com a expansão das lavouras no País. Neste ano, o Brasil reservou 18.4 milhões de hectares para o cultivo do milho. O presidente pontuou que, do norte do Paraná em diante, diferentes estados da federação detêm capacidade para produzir mais de uma safra.
“Temos de ampliar a área cultivável. O milho é a segunda safra. Esta é uma grande vantagem que tem o Brasil, portanto temo que fazer uma força-tarefa para aumentar a produção”, disse.
Player
Sobre o ano que termina, marcado pelas dificuldades impostas pela pandemia, Cesário Ramalho reiterou que o Brasil se consolidou de vez como um grande player internacional.
“O Brasil se tornou um exportador líquido de milho importante. É um grande feito. Com 100 milhões de toneladas, a gente abasteceu a indústria brasileira, responsável pela proteína animal, e ainda exportamos algo próximo de 34 milhões de toneladas. E o mais interessante é que nós não conseguimos atender a toda demanda”.
Segundo dados da Conab, foram exportadas 27.7 milhões de toneladas no ano-safra atual, o que representa 20% a menos que no mesmo período do ano-safra anterior.
A companhia manteve a previsão de exportações em 34.5 milhões de toneladas até o final de janeiro, quando termina a temporada. Em novembro, os embarques alcançaram 4.8 milhões de toneladas, 19% a mais que no mesmo período do ano passado.
Fonte: Agrolink
Equipe SNA