Gaúchos compram quase duas mil toneladas de soja do Mato Grosso do Sul

O Rio Grande do Sul comprou 1.800 toneladas de soja a R$ 163,00/CIF de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, informou a TF Agroeconômica. Posteriormente, os compradores se retiraram do mercado, embora houvesse ainda indicação a R$ 157,00/CIF + ICMS para Canoas, para entrega em dezembro e janeiro.

Os preços da soja no mercado spot gaúcho se recuperaram da queda do dia anterior para níveis ao redor de R$ 168,00 nas três praças principais. Rio Grande e Canoas, que compraram no MS, estão retraídas.

Quanto aos preços do mercado futuro, recuaram R$ 4,70 com a queda do dólar, para R$ 143,80 para maio de 2021. Mesmo assim, ainda representando um lucro de mais de 100% líquidos, sobre os custos de produção brutos, estimados para 2020/21. No Paraná, praticamente não há mais mercado de soja spot, só futuro.

Em Paranaguá só houve cotações para o mercado futuro: R$ 146,10 para 2021, com entrega até 20 de março de 2021 e pagamento 15/04/21; R$ 145,00 para entrega em abril com pagamento em 30/04/21; R$ 145,20 para entrega em maio com pagamento 30/05/21; R$ 146,00 para entrega em junho com pagamento 30/06/21 e R$ 147,10 para entrega em julho com pagamento 30/07/21.

Também foram registradas cotações de R$ 127,10 para entrega em fevereiro de 2022 com pagamento 30/03/22 e R$ 127,10 para entrega em março com pagamento 30/04/22.

Com queda em Chicago, os produtores de Minas Gerais ficaram de fora do mercado, que hoje está totalmente parado no Triângulo Mineiro e na região do Alto Paranaíba. Com Chicago operando em queda praticamente todo o pregão, o produtor pouco se mexeu para vendas. Os níveis conhecidos foram de R$ 133,00 bruto nestas regiões.

China

Para a soja brasileira, as ofertas da China continuam focadas nos embarques março, abril, junho e julho, mas nenhuma compra foi relatada, pois as margens de esmagamento permaneceram fracas, segundo informação da TF Agroeconômica.

Nos mercados FOB os prêmios no mercado futuro de Paranaguá caíram para compensar os futuros, deixando em grande parte os preços fixos inalterados. Embora nenhuma oferta tenha sido ouvida, as indicações para o embarque FOB Paranaguá fevereiro foi de US$ 1,06/bushel sobre março CBOT, o que equivale a um preço fixo de US$ 476,25 a tonelada, com março US$13.25 a tonelada abaixo.

No CFR/China, o spread de prêmios entre o Golfo dos EUA e o noroeste do Pacífico (PNW) aumentou nesta terça-feira, na medida em que os da PNW caíram de US$ 0,05-US$ 0,10/bushel no dia, enquanto os preços no Golfo permaneceram em grande parte inalterados.

Os embarques da Costa Oeste entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021 ficaram abaixo de US$ 2,00/bushel com ofertas para dezembro e janeiro a US$ 1,98-US$ 2,00/bushel sobre janeiro CBOT em uma base de destino para a China.

Em relação aos produtos no mercado internacional, o óleo de soja fechou em baixa na China e em alta na Europa. “No porto chinês de Dallian, a soja avançou para US$ 815,63 contra US$ 813,67 do dia anterior e o farelo de soja recuou para US$ 481,49, contra os US$ 486,26 do dia anterior. Já o óleo de soja recuou para US$ 1.173,29 em relação aos US$ 1.194,84 do dia anterior”, indicou a TF.

Em Rotterdam, o preço do primeiro mês cotado da soja recuou para US$ 501,70 a tonelada, contra US$ 501,90 no dia anterior. O pellets de soja afloat recuou para US$ 474,00 a tonelada em comparação aos US$ 477,00 no dia anterior.

Dólar

O dólar fechou em baixa de 1,09%, cotado a R$ 5,3759 para venda, oscilando entre uma máxima a R$ 5,4296 (- 0,10%) e uma mínima a R$ 5,3725 (- 1,16%). Essa foi a maior queda da moeda desde o dia 17 deste mês.

CBOT

Os contratos futuros da soja estão em alta nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago. Por volta das 9h50 (Horário de Brasília), os principais vencimentos registravam ganhos de 1,50 a 1,75 centavos, com o janeiro cotado a US$ 11,93 e o março a US$ 11,94¾ o bushel.

A atenção permanece focada nos fundamentos, ainda muito positivos, especialmente nas condições climáticas na América do Sul e na demanda forte. No entanto, nesta semana circularam notícias de que as empresas da China estariam fazendo operações de washout da soja norte-americana.

Do mesmo modo, há analistas internacionais estimado que os preços possam alcançar US$ 15,00 por bushel, caso a severidade do La Niña aumente nos próximos meses e ameace ainda mais a oferta sul-americana. Na segunda-feira (23/11), o mercado chegou a testar os US$ 12,00, não conseguiu se sustentar neste patamar, mas segue próximo dele.

“É tradicional a semana de Ação de Graças ser um período de realização de lucros e/ou ajuste de posições para que os traders possam curtir o feriado prolongado sem estarem descobertos. Mas o mercado este ano encontra suporte de compra a qualquer tentativa de liquidação, mesmo em momento de mercado tecnicamente sobre comprado, após o movimento de alta de cerca de 15 semanas em média”, disse Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da TradeHelp.

Milho

No Rio Grande do Sul, não houve relatos de vendas no mercado de lotes, com as indústrias de ração buscando trigo, segundo informações da TF Agroeconômica. O mercado de milho está sem indicações no estado. Apesar disso não houve registro de compras de milho no Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira.

O milho local fechou o dia a R$ 90,00 em Ibirubá; R$ 89,50 em Vacaria; R$ 89,00 em Ijuí e Santa Rosa; R$ 87,00 em Passo Fundo e R$ 86,00 em Carazinho. As demais localidades está entre R$ R$ 84,00 e R$ 86,00.

Santa Catarina compra 20.000 toneladas spot do MS e 6.000 toneladas para safrinha 2021, nesta semana. Os preços reportados estiveram por volta de R$ 81,50/82,00 + ICMS. Os valores para o produtor recuaram R$ 2,00 para R$ 76,00 em Joaçaba; R$ 74,00 em Pinhalzinho e R$ 70,25 em Xanxerê.

No Paraná estão começando a aumentar as ofertas. Os vendedores recuaram as suas pedidas de R$ 80,00 para a faixa entre R$ 77,00 e R$ 80,00 nesta semana.

Em Paranaguá, o milho de safra velha continua sem indicação e para a safra nova há estimativa de R$ 72,00 para fevereiro/março de 2021. Já a safra nova continua a R$ 66,00 para março/abril de 2021 posto indústrias.

No Mato Grosso do Sul, os preços recuaram forte, mesmo com a demanda. E o mercado interno é que continua dominando no contexto geral, contra a exportação. O MS já deixou de tentar comprar há algumas semanas, por falta de competitividade.

 

Fontes: Agrolink/Notícias Agrícolas/Reuters/SNA

Equipe SNA

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