Soja sobe pouco no RS e caí no Paraná

Segundo a TF Agroeconômica, os preços da soja subiram apenas R$ 0,50 nesta quarta-feira no estado do Rio Grande do Sul. Definitivamente, com a liberação das importações de soja e milho o governo contribuiu para estabelecer um teto para a alta dos preços destes dois produtos, ao redor de R$ 177,00 para a soja (pouco a subir ainda) e R$ 85,00/saca para o milho (relativamente mais a subir).

Por isto os preços subiram apenas R$ 0,50 para R$ 166,00 no porto de Rio Grande, para pagamento em 6 de novembro. Em Canoas o preço também subiu R$ 0,50 para R$ 165,50 para pagamento em 06 de novembro. Em Ijuí e em Cruz Alta, a saca mantive o preço dos dois dias anteriores a R$ 165,00, para final de novembro e em Passo Fundo também continuou a R$ 168,00, para final de novembro. Em Santa Rosa, o preço se manteve a R$ 165,00.

No Paraná, os preços da soja recuaram R$ 4,00 nesta terça-feira para R$ 156,00 em Ponta Grossa para pagamento em meados de novembro. No interior dos Campos Gerais, porém, o preço se manteve a R$ 160,00, para retirada em outubro e pagamento em novembro.  Em Paranaguá a cotação do mercado disponível recuou R$ 1,00 para R$ 154,00, para entrega em outubro e pagamento no final de outubro, cotação apenas nominal, porque não houve negócios.

Também para a safra 2021, o preço permaneceu inalterado em R$ 133,00/saca, em Ponta Grossa, para entrega e pagamento em abril e R$ 136,00 em Paranaguá para entrega em março e pagamento em abril de 2021. Soja para 2021 na Ferrovia, em Maringá com entrega até 22/01, pagamento 15/02 – ideia R$ 130,50; entrega até 15/04, pagamento 30/04 – ideia R$ 128,00; entrega  até 15/05, pagamento 31/05 –  ideia R$ 128,50; entrega até 15/06, pagamento 30/06 –  ideia R$ 130,00; entrega até 15/07, pagamento 30/07 – ideia R$ 130,50”.

China 

A demanda chinesa diminuiu nesta quarta-feira depois que as esmagadoras compraram pelo menos sete cargos no dia anterior, indicou a TF Agroeconômica. O indicador para o embarque dezembro para fora do Golfo dos EUA subiu US$ 0,03/bushel no dia para US$ 2,70/bushel sobre janeiro CBOT contra ofertas a US$ 2,75-US$ 2,77/bushel sobre janeiro CBOT.

“O embarque janeiro do Golfo foi cotado a US$ 2,60/bushel sobre janeiro CBOT, em linha com os níveis negociados na terça-feira. O mesmo embarque para a soja brasileira foi cotado a US$ 3,65/bushel sobre janeiro CBOT contra as indicações de venda a US$ 3,78/bushel sobre janeiro CBOT. Os preços para os embarques no 1º trimestre de 2021 do Brasil se mantiveram na quarta-feira, com o embarque março oferecido a US$ 1,86/bushel sobre março CBOT, mas nenhuma oferta firme foi ouvida.

Nos mercados FOB, as primeiras indicações apontam para um movimento lateral sobre os prêmios e com o dólar cotado a R$ 5,60, resta saber se uma alta de preço fixo de US$ 3,00 por tonelada atrairá os agricultores. No mercado futuro, os prêmios para fevereiro giraram em torno de US$ 1,25-US$ 1,30/bushel, com ofertas firmes US$ 0,05/bushel mais alta. Em Santos, as ofertas firmes foram a US$ 1,40/bushel, mas apenas para embarque na segunda quinzena de fevereiro. Para o mês inteiro as indicações eram US$ 0,10/bushel mais altas.

Dólar 

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,09%, cotado a R$ 5,6163 para venda, após oscilar entre uma máxima de R$ 5,6290 (+0,31%) e uma mínima de R$ 5,5714 (-0,71%).

CBOT 

Os contratos futuros da soja dão sequência ao movimento de alta de ontem nesta quinta-feira (22) na Bolsa de Chicago. Por volta das 9h15 (Horário de Brasília), os principais vencimentos registravam ganhos de 2,25 a 2,50 centavos, com o novembro cotado a US$ 10,74½ e o janeiro cotado também a US$ 10,73¾ o bushel.

Não só a demanda permanece no foco do mercado e alimenta os ganhos, como também a preocupação com a nova safra da América do Sul em função das condições climáticas adversas. E com a combinação destes dois fatores continua dando espaço também para a manutenção do movimento de alta que continua ocorrendo na CBOT.

Nesta quinta-feira, serão divulgadas as vendas semanais para exportação norte-americanas pelo USDA, que também podem a ajudar os preços a depender do volume. As expectativas do mercado para as vendas de soja variam entre 1.2 e 2.5 milhões de toneladas.

“Se não houver uma surpresa altista nas exportações semanais norte-americanas é possível que tenhamos um movimento de realização de lucros, que na minha opinião seria apenas uma pausa antes de Chicago retomar a tendência altista”, disse Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da TradeHelp.

Por outro lado, ele ressalta ainda, em sua análise, que uma melhora nas previsões climáticas e incertezas geopolíticas relacionadas às eleições presidenciais nos EUA poderiam limitar o movimento de alta, bem como o apetite ao risco por parte do mercado. “Mas, os fundamentos continuam favorecendo níveis de preços melhores”, disse Cachia.

Milho 

Segundo a TF Agroeconômica, no Rio Grande do Sul, os preços do milho mantiveram e fecharam a R$ 78,00 em Ibirubá; R$ 76,00 em Cachoeira do Sul, mas, na maioria das praças, os vendedores permaneceram fora de mercado à espera da movimentação dos preços. No mercado de lotes o milho não teve cotação no interior. Milho do MS foi ofertado a R$ 79,00 + ICMS CIF.

Em Santa Catarina o preço continuou ao redor de R$ 76,00. Os compradores conseguiram segurar por mais um dia os preços ao redor de R$ 76,00 em Concórdia e Joaçaba. No Alto Vale do Itajaí o preço subiu para R$ 75,60 em Campos Novos e R$ 75,00 no Alto Vale do Itajaí. Em Mafra o preço subiu para R$ 70,00. Nas demais localidades os preços no mercado de lotes oscilaram entre R$ 62,00 (Canoinhas) e R$ 72,00 (Chapecó).

No Paraná, os preços atingiram R$ 70,00 no mercado spot e o mesmo preço para março de 2021. No mercado de balcão os produtores paranaenses os preços ficaram entre R$ 60,00 e R$ 62,00. Já no mercado de lotes, os preços mantiveram-se a R$ 70,00 em Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, posto indústrias e R$ 65,00 para entrega em outubro e pagamento em novembro. Na Ferrovia de Maringá, R$ 64,00 (R$ 61,50 anterior) para entrega em 25/10 a 15/11 e pagamento em 05/11.

Os preços do milho no Mato Grosso do Sul, principal fornecedor para os estados do RS, SC e SP, subiram R$ 2,00 para R$ 68,00 em Caarapó; permaneceram a R$ 65,50 em Campo Grande; subiram R$ 1,00 para R$ 65,00 em Chapadão do Sul; subiram R$ 1,0 para R$ 65,30 em Dourados; subiram R$ 1,00 para R$ 63,50 em Maracajú; permaneceram a R$ 63,20 em São Gabriel do Oeste e subiram R$ 1,30 para R$ 63,80 em Sidrolândia.

Agrolink/Reuters/Notícias Agrícolas/SNA 

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