A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, aderiu ao comunicado setorial liderado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e destinado ao presidente do Conselho Nacional Amazônia Legal, Hamilton Mourão.
Ao assinar o documento, a companhia se une a cerca de 50 empresas brasileiras, grupos empresariais dos setores industrial, agrícola e de serviços, além de cinco organizações, que pedem uma agenda de desenvolvimento sustentável e combate ao desmatamento ilegal na Amazônia. A carta será protocolada no Supremo Tribunal Federal, Senado Federal, Câmara dos Deputados e na Procuradoria Geral da República (PGR).
Reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade, a BRF, representada por seu diretor executivo Lorival Luz, entende que é necessário acompanhar com maior atenção e preocupação os possíveis impactos que o desmatamento pode gerar, incluindo uma percepção negativa da imagem do Brasil no exterior em relação às questões socioambientais na Amazônia.
“Para a BRF, a gestão sustentável é um processo inegociável e faz parte da nossa essência. Esta agenda depende do envolvimento de todo setor brasileiro, focada em iniciativas que reforcem o compromisso socioambiental com o nosso País”, salienta Lorival Luz.
Com a adesão ao documento, as empresas se colocam à disposição do Conselho da Amazônia para contribuir com as seguintes soluções:
- Combate inflexível e abrangente ao desmatamento ilegal na Amazônia e demais biomas brasileiros;
- Inclusão social e econômica de comunidades locais para garantir a preservação das florestas;
- Minimização do impacto ambiental no uso dos recursos naturais, buscando eficiência e produtividade nas atividades econômicas daí derivadas;
- Valorização e preservação da biodiversidade como parte integral das estratégias empresariais;
- Adoção de mecanismos de negociação de créditos de carbono;
- Direcionamento de financiamentos e investimentos para uma economia circular e de baixo carbono;
- Pacotes de incentivos para a recuperação econômica dos efeitos da pandemia da Covid-19 condicionada à uma economia circular e de baixo carbono.
Práticas de gestão sustentável
Ainda em 2019, a BRF se tornou parceira da Colaboração para Florestas e Agricultura (CFA), que tem como parceiros TNC, NWF, WWF, Fundação Moore e outras empresas, com o objetivo de orientar as melhores práticas na gestão sustentável na cadeia de soja.
Além disso, a companhia é membro do programa brasileiro GHG Protocol, no qual segue sua metodologia para cálculo de inventário de gases de efeito estufa. As emissões atmosféricas e de GEE são submetidas a um modelo de gestão que obedece à legislação ambiental e às boas práticas do mercado.
Atualmente, a empresa possui uma norma interna de grãos e cláusulas contratuais que garantem a proibição de aquisição de matérias primas originárias de áreas de desmatamento do bioma amazônico alinhado à Moratória da Soja, bem como a possibilidade de uma vez identificado quaisquer desvios, imediata ruptura do fornecimento por parte da BRF.
A empresa também realiza consultas quinzenais às listas públicas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) como forma de controle sobre irregularidades de seus fornecedores.
“Ao longo de 2019 investimos R$ 108,6 milhões em projetos de redução de impacto ambiental, de acordo com as categorias elegíveis ao green bond, que dá acesso à companhia para linhas financeiras verdes”, afirma o CEO Lorival Luz.
“Com esta iniciativa e tantas outras, temos a oportunidade única, os recursos e o conhecimento para dar escala às boas práticas e, mais do que isso, planejar estrategicamente o futuro sustentável do Brasil”.
Fonte: BRF