“Valeu a pena guardar soja: os preços atingem a maior alta do ano, mesmo descontando os custos de carregamento”, afirmam os analistas da T&F Consultoria Agroeconômica. Isso ocorre pela continuidade da demanda chinesa sobre a soja brasileira, pelo menos para o terceiro trimestre de 2020.
O resultado também foi favorecido por mais um “rebote do dólar” e por certa competição com a indústria pelo que resta de disponibilidade, cerca de 5%, ou 6.15 milhões de toneladas. “Com isso, os preços pagos pela soja brasileira no interior estão cada vez melhores”, dizem os especialistas.
Segundo as projeções trigonométricas da T&F, os preços deste início de julho estão entre 2,67% e 9,22% mais altos, conforme a praça, em comparação aos de abril passado, quando a colheita estava quase no final.
Com isso, reforçam os analistas, valeu a pena ter guardado o produto para venda agora, mesmo descontando os custos do carregamento da posição. (Confira aqui os preços pelo Brasil)
Análise dos preços
Ainda segundo a T&F, as cotações seguem em alta e há pouca disponibilidade. “Com mais de 95% da safra de verão já comercializada e com a continuação da demanda chinesa sobre a soja brasileira para o terceiro trimestre de 2020, os preços continuam mais altos do que estavam até agora.
Fatores de alta
Volta da demanda chinesa para soja americana.
Manutenção das compras de soja brasileira.
Rebote do dólar, no Brasil.
Pouca disponibilidade brasileira, acirrando disputa com as indústrias.
Fatores de baixa
Níveis de Chicago ainda estão 10,80% ou 3 limites de baixa abaixo do ideal.
Área da safra atual dos EUA é maior do que o mercado esperava, segundo relatório do USDA desta semana.
Esmagamento menor, estoques maiores de óleo de soja nos EUA.
Aumento dos ruídos entre China e EUA, podem fazer Chicago cair, embora seja positivo para o Brasil.
Fonte: Agrolink