A Cofco International, trading de negócios agrícolas no exterior da Cofco Corporation, a maior empresa de alimentos e agricultura da China, pretende rastrear 100% da soja brasileira de origem direta até 2023, incluindo verificação por um órgão independente.
A meta faz parte do terceiro relatório anual de sustentabilidade, intitulado “Ação para uma Agricultura Sustentável”, divulgado ontem. Em 2019, a Cofco International negociou cerca de 110 milhões de toneladas de commodities, alcançando uma receita de US$ 31 bilhões.
A empresa destaca também a formalização de um empréstimo de US$ 2.3 bilhões vinculado à sustentabilidade, realizado em parceria com um consórcio de 21 bancos ao redor do mundo. O empréstimo prevê desconto nos juros com base no desempenho.
O relatório mostra ainda o mapeamento e riscos ambientais e sociais de 5.2 milhões de hectares de fazendas de soja na América Latina.
O reflorestamento também é destaque, com o plantio de 240.000 árvores em uma área de 850 hectares da empresa destinadas à conservação. Desde 2001, cerca de 1.85 milhão de árvores nativas foram plantadas nos campos brasileiros de cana-de-açúcar e ao redor deles.
No setor hídrico, a empresa reaproveitou 74% das águas residuais na irrigação e em fertilizantes naturais, além de estabelecer nova meta de melhorar a eficiência de água industrial em 10% até 2025.
Além disso, o documento relata a redução, respectivamente, de 48% e 31% no índice de incidentes com afastamento de contratados e funcionários.
“Em 2019, continuamos a fazer bons progressos em nossa jornada de sustentabilidade, enquanto aprimoramos nosso foco com novas metas que abrangem todos os aspectos de nossa estratégia”, disse Wei Peng, chefe de sustentabilidade da Cofco International.
A empresa já alcançou o objetivo de 100% de rastreabilidade da soja brasileira de origem direta em 25 municípios prioritários do bioma Cerrado, uma das regiões em que a empresa tem focado suas ações de sustentabilidade.
Em 2019, cerca de 70% da soja originada pela Cofco International nas regiões de Mato Grosso e Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) veio de fornecedores diretos. No caso do biodiesel, 50.000 pequenos produtores de soja se beneficiaram com o programa de biodiesel da companhia, Selo Combustível Social no Brasil.
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