Crise da pandemia reduz moagem de cacau brasileira em 36,05%

Conforme esperado, os efeitos da Covid-19 atingiram oficialmente a cadeia produtiva do cacau e chocolateiro no Brasil. Os impactos iniciais incidiram sobre os preços da matéria prima remunerados ao produtor, registrando uma expressiva redução de mais de 30% em menos de 45 dias.

O setor moageiro local apresentou queda de 36,05% nas atividades, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Foram processadas em maio de 2020 o equivalente a 13.047 toneladas, contra 20.402 toneladas em maio de 2019. Comparando o mês de maio 2020 com o mês de anterior, as quedas nas operações atingiram 29,18%.

Localizado no eixo Itabuna/Ilhéus (BA) e constituído por três importantes multinacionais (Cargill, Olam e Barry Callebaut), o parque moageiro brasileiro processa em média 225.000 toneladas ao ano de amêndoas de cacau.

Índice Gepex positivo

O anúncio da Gepex (representante dos seis maiores processadores globais), indicou aumento de 3,20% nas moagens dos associados, entre janeiro e maio do ano corrente, em relação ao mesmo período da temporada anterior.

Apesar dos números animadores anunciados, o mercado reage com desconfiança, afirmando que o peso positivo dos índices informados se concentraram nos primeiros meses do ano, quando ainda era baixa a incidência da pandemia.

Expectativas

Para o mercado, os primeiros níveis reais da demanda global vivenciados no efeito da Covid-19 serão relatados mediante os anúncios dos números das moagens do Q2/2020 (segundo trimestre 2020), os quais ocorrerão entre 1° e 15 de julho próximo.

A maioria dos analistas aposta em expectativas negativas. Entretanto, cogita-se a possibilidade de convivência com boas surpresas sobre os números de consumo na Ásia.

 

Mercado do Cacau, com informações TH

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