Pandemia impacta algodão e área deve cair

A Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) divulgou em seu relatório semanal que a recessão na economia global causada pela Covid-19 está afetando o mercado de algodão.

A demanda global, que registrava patamares de 26 milhões de toneladas no ano comercial de 2018/2019, deve cair para cerca de 22.3 milhões de toneladas em 2019/20. Essa diferença, cerca de quatro milhões de toneladas, equivale a quase uma safra americana.

O presidente da entidade, Milton Garbugio, manifestou sua preocupação com a tendência do Brasil também reduzir área devido à queda de preços causada pela recessão global. Porém, diante da crise, Garbugio também vê oportunidades.

“Acreditamos que haja boas perspectivas, mesmo nessa turbulência, e estamos trabalhando nelas. Somos obrigados, agora, a entender não apenas de produzir e vender a fibra. Temos de pensar em termos de geopolítica”, disse.

A produção nesta safra (19/20) deve ser 3% superior a da safra passada, de 2.87 milhões de toneladas, em uma área plantada de 1.62 milhões de hectares e produtividade de 1.771 kg de pluma por hectare. Mato Grosso (69%) e Bahia (21%) seguem como os principais produtores nacionais.

O Brasil exportou 24.000 toneladas de algodão em pluma na quarta semana de abril. O total vendido no mês de abril de 2020 até a quarta semana foi de 72.400 toneladas.

A Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) revisou os números estimados de exportação nesta safra, de 2.05 milhões, para 1.95 milhões de toneladas. Mesmo com a revisão, este número é, de longe, o maior da história.

Sobre a próxima safra, a projeção é que a área global de algodão caia 12%, em função dos preços. O plantio já está começando na China, Índia e Estados Unidos.

 

Agrolink

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