China pode investir em capacidade de frigoríficos brasileiros

O cônsul da China no Rio de Janeiro, Li Yang, afirmou que o governo daquele país estuda uma parceria com o Brasil para ampliar a capacidade de frigoríficos brasileiros com potencial aumento nas vendas de carne para o país asiático. “O Brasil não exporta mais para China por conta de sua logística e de sua capacidade de refrigeração”, disse Li a jornalistas em evento na Fundação Getúlio Vargas.

Apetite chinês

Li afirmou que as conversas entre os dois países já se iniciaram, mas não há um montante definido de quanto poderá ser investido na expansão do setor.

“O Brasil tem grande volume de produção de carnes, mas não tem capacidade para levar as carnes para China. Estamos pensando em resolver isso. Será um próximo passo a ser dado na nossa cooperação bilateral”, afirmou o cônsul chinês.

“A China está fazendo todo o esforço para equilibrar os laços com todos os países. Mas a cooperação é bilateral e tem de ser baseada na vontade das duas partes”, finalizou.

Expectativa de recorde

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Brasil caminha para quebrar seu próprio recorde de exportações de carne bovina em 2020. Neste ano, as vendas devem bater o recorde de 1.828.000 toneladas, com aumento de 11,30% em relação à máxima anterior, registrada em 2018.

No próximo ano, a expectativa é de que as vendas sejam superadas novamente, com avanço de 13% no volume de exportações do produto, para 2.067.000 toneladas.

Já a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que as processadoras de alimentos do Brasil deverão aumentar as exportações de carne de porco e frango em 2020, puxadas pela forte demanda da China.

A entidade prevê que as vendas brasileiras de carne suína possam aumentar pelo menos 15% no próximo ano, para 850.000 toneladas. Já os embarques de carne de frango deverão aumentar 7% em relação à previsão para 2019, para 4.5 milhões de toneladas.

 

Avicultura Industrial

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