O mercado externo está procurando cada vez mais adquirir produtos que vieram da agricultura sustentável. De acordo com o presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Antônio Mello Alvarenga, a atitude dos produtores brasileiros deve levar em conta essas novas exigências.
Segundo ele, é preciso ter estratégia para o mercado externo, com mais investimentos em inovação e tecnologia, diante de consumidores cada vez mais exigentes. “Eles querem cada vez mais produtos sustentáveis. Precisamos atender essas demandas”, disse Alvarenga em palestra no Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) 2019, no Rio de Janeiro.
Além disso, o presidente da SNA afirmou que é preciso mostrar ao mercado internacional que “o Brasil tem a agricultura mais sustentável do planeta. Muita gente não sabe o quanto o agronegócio no Brasil é sustentável”.
Ele alertou também para a possibilidade do fim da Lei Kandir, que poderia ocorrer com a reforma tributária. Com a mudança, o setor exportador do agronegócio passaria a ter cobrança de tributos. Para ele, o efeito no setor seria devastador. “Todos os estudos mostram que a extinção da Lei Kandir pode ser devastador para o agronegócio. Precisamos ter cuidado na reforma Tributária”, alertou.
“É uma fronteira terrestre que tem de ser explorada. Lá na Amazônia tem pessoas que sobrevivem com salários miseráveis de R$ 69 por mês. Essa é uma questão que o Brasil tem que enfrentar. Tem que saber explorar a Amazônia”, defendeu Alvarenga, acrescentando que hoje existem projetos na região que agregam renda e mantém a floresta evitando a degradação.
“Não estou falando em plantar soja, milho e algodão. Existem outras áreas no país para isso”, concluiu.