A estimativa da safra 2019/20 de grãos aponta para um novo recorde de 246.4 milhões de toneladas, um aumento de 1,80% ou 4.3 milhões de toneladas em comparação com a safra 2018/19. Os números são do segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (13/11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A pesquisa de campo foi realizada no período de 28/10 a 1/11, com mais de 900 informantes em todo o país.
A intenção de plantio sinaliza uma variação positiva de 1,40% quando comparada à área da última safra, chegando a 64.1 milhões de hectares. A área a ser plantada com soja aponta para um aumento de 2,30% em relação à safra passada. O plantio no Brasil já atinge 56% da área. A produção está estimada em 120.9 milhões de toneladas, mesmo com os problemas climáticos que atrasaram o plantio em Mato Grosso do Sul.
Já o milho primeira safra, que nos últimos levantamentos perdia espaço para a soja, mostrou um aumento de área e alcançou 4.1 milhões de hectares. A produção pode chegar a 26.3 milhões de toneladas, 2,40% superior a 2018/19. As condições das lavouras no Rio Grande do Sul e Paraná estão boas. A partir de janeiro, começa o plantio da segunda safra do cereal, que representa mais de 70% da produção de milho no país.
Para o algodão, cuja janela de plantio começa no final deste mês, a Conab mantém a estimativa de aumento tanto em área, alcançando mais de 1.6 milhão de hectares, quanto no volume total esperado, podendo chegar a 2.7 milhões de toneladas de pluma. O produtor segue apostando na demanda externa pela pluma brasileira. Em outubro, o Brasil exportou o maior volume mensal da história: 279.000 toneladas de pluma.
Para o feijão primeira safra, a estimativa é de redução da área, devendo ficar em 917.800 hectares. Ainda assim, a estimativa é de uma produção superior à safra passada, podendo chegar a mais de um milhão de toneladas. Com o atraso das chuvas e a opção por culturas mais rentáveis, o produtor também prefere investir na segunda safra, para garantir uma colheita com maior qualidade.
Outras culturas, como a do arroz, deve ter redução de 1,80% na área cultivada. Apesar do atraso no plantio, em função do excesso de chuvas no RS e SC, a produção deverá ser 0,20% maior que a safra passada, chegando a 10.5 milhões de toneladas.
O clima, especialmente na região Sul, tem prejudicado a finalização da colheita dos cereais de inverno. O trigo, por exemplo, deve apresentar redução de 2,80% na produção final, alcançando 5.3 milhões de toneladas. No entanto, outras culturas como aveia branca, centeio e cevada apontam para aumento no volume produzido em comparação ao ano anterior.
Conab
