O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, participou nesta quarta (9/10) da mesa redonda “A voz da liderança das cadeias produtivas do Brasil”, no 4º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, em São Paulo, junto a outras autoridades do setor produtivo.
Ao participar do evento, Martins disse que é preciso que as mulheres conquistem cada vez mais espaço no setor, citou exemplos de profissionais que estão à frente dos maiores programas do Sistema CNA/Senar e afirmou que o evento é uma ótima oportunidade para a troca de experiências e conhecimento do trabalho realizado em várias regiões do país.
“No Brasil, a mulher tem aumentado sua participação no setor agropecuário, mas infelizmente ainda está em desvantagem. Em cada 10 empregos no campo, apenas 20% são ocupados por mulheres. Temos de corrigir essa distorção no perfil do agro”.
O Sistema CNA/Senar promove uma série de ações para as participantes do Congresso, como a Rodada Internacional de Negócios, a Vitrine de Negócios e o Prêmio Brasil Artesanal 2019, uma iniciativa do Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais para reconhecer os melhores chocolates artesanais do país produzidos por mulheres.
Durante a mesa redonda, o presidente da CNA também apresentou dados dos projetos e programas do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) focados no público feminino. Desde 2017, o Programa Mulheres em Campo, criado para ampliar o protagonismo feminino na administração das empresas rurais, já capacitou oito mil mulheres.
João Martins também afirmou que o setor agropecuário passa por mudanças significativas e os produtores brasileiros têm se esforçado cada vez mais para produzir com qualidade e sustentabilidade. “Quando vejo um evento como esse, com esse público, me sinto satisfeito. As mulheres buscam o que há de mais moderno e eficiente no setor para aplicar no processo produtivo”, destacou.
Por fim, o presidente da CNA, ressaltou a importância da organização da produção rural. “Precisamos ser cada vez mais eficientes e mais competitivos. E não existe produção organizada sem que o produtor esteja organizado”.
Na mesa redonda também participaram João Dornellas, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia); Marcio Milan, superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras); e Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).
A mediação foi feita por Cláudio Antonio Pinheiro Machado Filho, coordenador do Grupo de Pesquisas Pensa, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP).
CNA