Soja: exportações do complexo em setembro recuam 1,10% em volume e 11,80% em receita em comparação a igual período de 2018

As exportações brasileiras do complexo soja totalizaram 5.835 milhões de toneladas em setembro, com receita de US$ 2.09 bilhões. Em relação a setembro de 2018, o volume caiu 1,10% e a receita diminuiu 11,8%. Na comparação com agosto, o volume baixou 14% e a receita registrou queda de 14,20%. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

O ritmo dos embarques de soja diminuiu nos últimos meses com a chegada do milho safrinha aos portos brasileiros. Além disso, a safra menor de soja colhida no País em 2018/19 e a demanda chinesa mais fraca em virtude da peste suína africana e das compras recentes da China nos EUA explicam o recuo dos embarques na comparação anual. Apesar disso, o dólar forte em relação ao real no último mês garantiu movimentação de lotes para o mercado externo.

Nos primeiros nove meses do ano, o Brasil exportou 78.565 milhões de toneladas de soja em grão, farelo e óleo, com queda de 5,70% em relação a igual período em 2018. A receita obtida com as exportações do complexo entre janeiro e setembro totalizou US$ 28.20 bilhões, 16% menos do que a obtida no mesmo período de 2018.

As exportações da soja em grão totalizaram 4.447 milhões de toneladas em setembro. Na comparação com setembro de 2018, quando foram embarcadas 4.560 milhões de toneladas, a queda foi de 2,50%. A receita com as vendas do grão atingiu a US$ 1.598 bilhão, com baixa de 11,90% em relação a setembro do ano passado (US$ 1.814 bilhão).

Na comparação com agosto, quando foram exportadas 5.321 milhões de toneladas, houve queda de 16,40% em volume. Em receita, a baixa em setembro foi de 15,50% em relação ao total de US$ 1.890 bilhão de agosto. O preço médio do produto exportado foi de US$ 359,30 a tonelada, contra US$ 355,30/tonelada em agosto e US$ 397,90/tonelada em setembro de 2018.

No acumulado de 2019, foram exportadas 64.897 milhões de toneladas (queda de 6,10% em relação a igual período de 2018), com receita de US$ 23.07 bilhões (-16,20%).

Farelo

De farelo de soja, o volume exportado em setembro foi de 1.305 milhão de toneladas, com aumento de 4,10% em relação a setembro de 2018, quando o Brasil exportou 1.254 milhão de toneladas. Na comparação com agosto, quando os embarques somaram 1.364 milhão de toneladas, houve queda de 4,30%.

A receita com a exportação em setembro totalizou US$ 435.6 milhões, com queda de 12,10% em relação aos US$ 495.8 milhões de igual período de 2018. Em relação a agosto, quando o faturamento somou US$ 478 milhões, houve  queda de 8,90%. O preço médio da tonelada foi de US$ 333,60, contra US$ 350,40 em agosto e US$ 395,40 em setembro de 2018.

No acumulado deste ano, os embarques de farelo somam 12.707 milhões de toneladas (queda de 2,30% em relação a igual período do ano passado). A receita chegou a US$ 4.51 bilhões (-12,90%).

Óleo

Já em relação ao óleo de soja, as exportações em setembro somaram 81.900 toneladas, com queda de 3,20% em relação a setembro de 2018, quando os embarques haviam alcançado 84.600 toneladas. Em comparação a agosto, quando foram embarcadas 99.700 toneladas, houve queda de 17,90%.

A receita somou US$ 53.20 milhões em setembro, com baixa de 5,20% em relação a igual período do ano passado, quando totalizou US$ 56.10 milhões. Na comparação com agosto, quando a receita foi de US$ 63.1 milhões, a queda foi de 15,70%. O preço médio da tonelada foi de US$ 649,20, contra US$ 633,10 em agosto e US$ 662,60 um ano antes.

No acumulado de 2019, as exportações totalizaram 959.800 toneladas (queda de 20,10% em relação a igual período de 2018). A receita somou US$ 617.60 milhões (-28,40%).

Milho

Ainda segundo a Secretaria de Comércio Exterior, as exportações brasileiras de milho continuaram firmes em setembro e registraram nova alta expressiva na comparação com igual período de 2018. O País embarcou 6.501 milhões de toneladas no mês passado – 93,40% acima do volume de 3.36 milhões de toneladas exportadas em setembro de 2018.

Na comparação com agosto de 2019, quando o Brasil exportou 7.644 milhões de toneladas, o volume foi 14,90% menor. O resultado reflete, em parte, o grande volume de negócios envolvendo a segunda safra do cereal de 2018/19, e que foram realizados com antecipação desde o ano passado.

Em Mato Grosso, antes do começo da colheita, no início de abril, mais de 58% da produção do estado tinha sido vendida.

Os embarques também foram impulsionados pela alta dos contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) e pela valorização do dólar em boa parte dos meses de julho e agosto, o que ajudou a dar suporte aos preços no Brasil e estimulou as vendas externas.

No acumulado do ano, o Brasil já exportou 30.104 milhões de toneladas, volume 138,40% superior as 12.625 milhões de toneladas embarcadas nos nove primeiros meses de 2018.

A receita obtida com as vendas em setembro chegou a US$ 1.095 bilhão, contra US$ 590.5 milhões no mesmo período do ano passado (aumento de 85,50%). Em relação a agosto, quando o faturamento atingiu a US$ 1.338 bilhão, a receita registrou uma queda de 18,10%.

Entre janeiro e setembro deste ano, os embarques de milho geraram uma receita total de US$ 5.308 bilhões, montante 148,50% superior ao faturamento de US$ 2.136 bilhões obtidos no mesmo período de 2018.

O preço médio do cereal exportado, considerando-se 21 dias úteis do mês passado, foi de US$ 168,50 a tonelada, 4% abaixo dos US$ 175,70 apurados em setembro de 2018 e 3,70% abaixo dos US$ 175,10 de agosto de 2019.

 

Broadcast Agro

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