Diretor da SNA é reconduzido à presidência da Câmara de Educação Superior do CNE

Antonio Freitas, pró-reitor da FGV e diretor da SNA. Foto: Divulgação

“Desburocratizar, descomplicar e descentralizar decisões sobre projetos pedagógicos de cursos e matrizes curriculares em função de capacidades tecnológicas, de infraestrutura e de corpo docente das instituições de ensino brasileiras”.

Esta é proposta de trabalho de Antonio Freitas, pró-reitor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), que acaba de ser reconduzido à presidência da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE/CES). A ideia, explica Freitas, “é respeitar a diversidade e assimetrias das regiões, estados, municípios e mesmo bairros, em cada recanto do país”.

Entre os desafios a serem enfrentados nesta nova gestão, Freitas destaca a manutenção da independência do órgão; a avaliação de questões de gênero, origem étnica, credo religioso, etc; o acompanhamento da implantação da Base Nacional Comum Curricular, que continua em discussão; a implantação do Plano Nacional de Educação, que foi aprovado em 2014, mas que já está 80% defasado, e o acompanhamento da adesão do Plano Nacional de Pós-graduação às necessidades brasileiras.

O diretor da SNA explica que, no que tange à produção acadêmica, em papel ou digital, o Brasil está relativamente bem, se posicionando em 12º lugar no ranking global do setor. Porém, salienta Freitas, é mínimo o retorno dessa produção para o benefício da população e das empresas brasileiras. Além disso, diz ele, o impacto acadêmico é considerado baixo – igual a 0,7 (a média mundial é 1,0).

Freitas, que por mais de 50 anos se dedica à Educação, ressalta que, para que o setor assuma seu protagonismo no país, é necessário investir na formação de professores e licenciados para lecionar na Educação Básica.

“Este é o Calcanhar de Aquiles para o desenvolvimento nacional, mas é importante também fornecer capital humano para os programas de graduação e pós-graduação, pois, apesar de o Brasil ser a sexta ou sétima economia do mundo nas avaliações internacionais, estamos em torno do 70º lugar em Educação”, informa.

Outros pontos importantes dentro da agenda da Educação, segundo Freitas, é a questão da interdisciplinaridade dos cursos; o término do mito da educação a distância, uma vez que sempre existiu a educação mediada por tecnologia; e, ainda, a criação de condições para que nenhum jovem ou trabalhador fique fora da escola.

 

FGV, com edição da SNA

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