O rebanho de suínos da China pode cair pela metade até o final de 2019 na comparação com o ano anterior, devido ao avanço de surtos de peste africana pelo país, que é o maior produtor global de carne suína. A estimativa é de analistas do banco holandês Rabobank.
O banco avaliou que o rebanho chinês, de longe o maior do mundo, já diminuiu em 40% em relação ao ano passado, o que fica bem acima das estimativas oficiais – entre 15% e 26%.
A previsão foi divulgada em meio a especulações na indústria de que a retração tenha sido bem pior que o confirmado por autoridades agrícolas, que neste mês lançaram uma investigação sobre os esforços de autoridades locais para conter a doença.
O Rabobank informou que a produção de carne suína da China deve cair em 25% em 2019 na comparação com o ano anterior – uma queda menor que a esperada no rebanho, devido ao grande número de animais sacrificados no primeiro semestre de 2019.
A produção de carne suína, a preferida dos chineses, deverá diminuir em mais 10% a 15% em 2020, segundo informação do banco.
A produção pode levar então cinco anos para retomar os níveis registrados antes dos surtos de peste suína africana, em meio a desafios que incluem a falta de soluções para prevenir a doença e à falta de capital que deve impactar a recomposição dos estoques.
Reuters