Os Estados Unidos estão seriamente atrás de outros países quando se trata de regular pesticidas, uma situação que traz riscos adicionais à saúde para a população norte-americana. O pesquisador de saúde ambiental Nathan Donley, do Centro de Diversidade Biológica dos EUA, analisou as regulamentações de pesticidas nos Estados Unidos versus a União Europeia, o Brasil e a China, que representam quatro dos maiores produtores e usuários de agroquímicos do mundo.
Ele analisou o status de aprovação de mais de 500 pesticidas nos quatro países. O que ele descobriu é que 72, 17 e 11 pesticidas aprovados para aplicações agrícolas ao ar livre nos Estados Unidos estão proibidos ou em processo de serem eliminados na UE, no Brasil e na China, respectivamente.
De todos os pesticidas usados na agricultura dos EUA em 2016, cerca de 322 milhões de libras eram de pesticidas proibidos na UE, 26 milhões de pesticidas proibidos no Brasil e 40 milhões de pesticidas proibidos na China. Mais de 25% de todo o uso de agrotóxicos nos Estados Unidos é composto de pesticidas proibidos na UE. A maioria dos pesticidas proibidos na UE, no Brasil e na China não “diminuiu sensivelmente” nos Estados Unidos nos últimos 25 anos e a maioria deles aumentou ou permaneceu constante na última década.
Donley também descobriu que os pesticidas proibidos em pelo menos duas das outras nações podem ter sido implicados em intoxicações agudas por agrotóxicos nos Estados Unidos. Alguns deles são restritos por estados individuais. “A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (US EPA) praticamente abandonou o uso de cancelamentos não-voluntários nos últimos anos, tornando o cancelamento de pesticidas nos EUA em grande parte um exercício que requer o consentimento da indústria regulada”, disse.
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