A produção brasileira de milho em 2018/2019 está estimada para um total de 101 milhões de toneladas, o que significa um número 25% maior do que a última colheita recorde do cereal, registrada em 2016/2017. Foi o que informou o mais novo relatório do USDA sobre a produção agrícola do Brasil.
“A safra 2018/19 deverá ultrapassar em 2.5 milhões de toneladas o recorde anterior da safra de milho no Brasil, estabelecido no ciclo 2016/17. O aumento de 2018/19 se deve à expansão da área da safrinha de milho e ao clima ideal para o plantio, o que levou a registrar rendimentos recordes em alguns locais”, informou o USDA.
“Os rendimentos para a safra de milho do Brasil neste ano estão estimados em uma média de 5,77 toneladas métricas por hectare, o que também é um recorde para o Brasil”. Isso porque a produção de milho cresceu exponencialmente no Brasil nas últimas duas décadas.
“Inacreditavelmente, a produção de 2018/19 é três vezes maior que a safra de milho do Brasil há 20 anos, enquanto o rendimento médio recorde estimado é mais que o dobro do rendimento da safra 1998/1999”, indicou o USDA.
“A área total de milho em 2018/19 está estimada em 17.5 milhões de hectares, 5% a mais que em 2017/2018. Os altos preços do milho e a colheita antecipada de soja motivaram os agricultores a plantar milho safrinha em um ritmo recorde, várias semanas antes do normal e dentro da janela ideal de plantio (antes de 20 de fevereiro em Mato Grosso e 10 de março no Paraná). Isso ajudou a otimizar o desenvolvimento da cultura antes do início da estação seca, que veio depois do normal”.
Mato Grosso lidera e já tem 60% da área colhida
A colheita da segunda safra de milho atingiu na última quinta-feira, dia 4 de julho, a 44% da área plantada no centro-sul do Brasil, segundo levantamento da consultoria AgRural. O número representa avanço de 12% em relação aos 32% de uma semana antes e é bem superior aos 16% do ano passado. Mato Grosso lidera, com 60% de sua área já colhida.
Os produtores já não se queixam de problemas de qualidade em nenhum estado da região. Mesmo a frente fria do fim de semana, que causou geadas no Paraná, não resultou em grandes perdas, uma vez que praticamente toda a área ainda por colher já atingiu a maturação fisiológica.
A queda das temperaturas em todo o centro-sul, porém, tende a dificultar a perda de umidade dos grãos, e isso pode resultar em colheita um pouco mais lenta que o desejado.
Agrolink