A construção de uma usina de etanol de milho que estava prevista para Nova Mutum no Mato Grosso está mesmo confirmada. Em meio às incertezas após o Governo do Estado aplicar o Fethab sobre o milho e a possibilidade de cobrança do imposto também sobre o cereal que circula dentro do MT, o diretor-presidente da O+ Participações, Ramiro Azambuja, reiterou o compromisso para a construção da instalação.
Segundo ele, o projeto para a usina de Nova Mutum está bastante adiantado, com os trabalhos de terraplanagem sendo finalizados e 70% de toda a estrutura já comprada pelo grupo. A previsão de inauguração é o segundo semestre de 2020, na planta que deve consumir 2.000 toneladas de milho por dia e 720.000 toneladas a cada ano.
“O nosso produtor não tinha para quem vender e o milho do Mato Grosso se tornou o mais barato do mundo. Tentamos encontrar soluções para escoar essa produção e isso dá uma luz no fim do túnel para o produtor rural. O estado é um grande produtor de milho e tem capacidade gigante para aumentar a sua área desde que haja oferta para compra”, disse Azambuja.
Ele informou que uma tonelada de milho in natura é vendida hoje por cerca de R$ 360,00, mas pode saltar para R$ 1.100,00 após o processo de industrialização na usina, o que seria um acréscimo de aproximadamente 200% no valor agregado.
Diante de todos esses números, a O+ Participações espera inclusive ampliar os investimentos no estado e já estuda a construção de novas usinas em outros municípios mato-grossenses. Segundo Azambuja, apenas a unidade de Nova Mutum deve gerar para os cofres estaduais R$ 60 milhões em ICMS.
Notícias Agrícolas