O governo dos Estados Unidos liberou a empresa AquaBounty Technologies para vender o seu salmão geneticamente modificado para consumo humano no país, mais de três anos depois que a Food and Drug Administration aprovou, pela primeira vez, um animal transgênico para tal finalidade.
Segundo os desenvolvedores, o peixe cresce duas vezes mais rápido que o salmão do Atlântico convencional, com 25% menos de ração, e contribuirá para um fornecimento de alimentos mais sustentáveis.
A FDA (Food and Drug Administration) afirmou que desativou na sexta-feira uma decisão de alerta que bloqueou a importação do salmão. Além disso, a diretora executiva da AquaBounty, Slyvia Wulf, assinalou que a ação permitirá que a empresa “comece a produzir e comercializar o salmão AquAdvantage nos Estados Unidos”.
Sediada em Massachusetts, a AquaBounty tem uma unidade de “crescimento” em Indiana e sinalizou que seu salmão reduziria a dependência dos Estados Unidos em frutos do mar importados.
A senadora Lisa Murkowski, que bloqueou a venda do salmão AquAdvantage nos Estados Unidos desde 2015, afirmou estar cética de que as regras federais de rotulagem dos alimentos exigirão a rotulagem dos peixes. Dessa forma, ela busca uma legislação que exija um aviso de “engenharia genética” para o mercado.
“Continuo tendo sérias preocupações sobre a junção de DNA de dois animais para produzir um novo peixe comercializável, criando essencialmente uma nova espécie. Os consumidores americanos merecem saber o que estão comprando e, finalmente, comer”, disse Murkowski.
Outro senador, Dan Sullivan, disse os políticos não irão “desistir dessa batalha para proteger a pesca sustentável e de classe mundial do Alasca e o direito dos consumidores de saber o que estão colocando em seus pratos”.
Agrolink