Brasil responde por 13% do consumo global de café

O consumo interno deve continuar com tendência de crescimento contínuo até 2021, numa taxa média estimada em 3,5% ao ano.

Maior produtor e exportador global de café, o Brasil deve encerrar o ano respondendo por 13% da demanda mundial do grão, que este ano deve atingir 165 milhões de sacas de 60kg num período seguido de doze meses. Com essa performance, o País se mantém em segundo lugar no ranking de consumo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Os dados do consumo interno dos Cafés do Brasil foram pesquisados no período de novembro de 2017 a outubro de 2018 e demonstram crescimento de 4,80%, caso se estabeleça um comparativo com o igual período anterior. Também foi constatado nessa pesquisa que o consumo de cafés em pó atingiu 81% e cafés expressos e em cápsulas 19%, do total da demanda nacional.

Estes números sinalizam que o consumo interno deverá continuar com tendência de crescimento contínuo até 2021, numa taxa média estimada em 3,5% ao ano, em decorrência da retomada econômica e de mudanças de hábitos de consumo do café pela população brasileira, fatores que têm impulsionado a demanda pelo produto.

Para a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), tais números obtidos elevam o consumo per capita anual para 6,02kg de café cru e para 4,82 kg de café torrado e moído. E, ainda, que o aumento do consumo de café seguirá em plena expansão, acompanhando uma tendência que também se observa em nível mundial.

Ainda conforme a pesquisa, exclusivamente em relação às empresas associadas da ABIC, a taxa de crescimento verificada foi ainda maior, pois atingiu 7,03%, em comparação com igual período anterior, o que demonstra, de fato, que os brasileiros estão consumindo cada vez mais café.

No relatório, a ABIC esclarece que alterou a metodologia da pesquisa que vinha sendo adotada em anos anteriores, pois a Associação também contabilizava em seu levantamento do consumo dados de empresas não associadas a ela, além de outros canais de consumo não cadastrados.

Nessa nova metodologia, a ABIC desconsiderou o volume antes atribuído às não cadastradas, o que representou uma redução de quase dois milhões de sacas no volume apresentado em pesquisa anterior.

Dessa forma, a Associação acredita que o consumo interno deva ser ainda maior, principalmente se contabilizada a demanda em cafeterias, panificadoras e outros pontos fornecedores, que muitas vezes torram seus próprios grãos, bem como o consumo nas mais de 300 mil fazendas produtoras de cafés existentes no Brasil, cujo cálculo do volume não é determinado.

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