Futura ministra da Agricultura diz que mercado externo será prioridade

A futura ministra da Agricultura, deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), disse nesta quinta-feira que as questões de mercado externo serão tratadas como prioridade em sua gestão, com atenção especial aos países que ainda mantêm embargos às exportações de carnes brasileiras. Ela teve um primeiro encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), em Brasília.

Tereza disse que a conversa de hoje foi muito rápida e que na próxima terça-feira (13/11), voltará a se reunir com o presidente eleito no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, onde está funcionando o governo de transição. A ideia é que na próxima semana Bolsonaro detalhe “a cara que o governo quer dar para a agricultura” e aconteçam as primeiras discussões sobre política agrícola.

“Temos pontos muito importantes como mercado exterior, os convênios, os acordos bilaterais que precisamos ter. Precisamos ver o posicionamento desse problema do mercado de carnes, que é importantíssimo para o país, mas outros problemas estão melhorando. Tivemos abertura do mercado da Rússia para a carne suína”, afirmou a futura ministra, que admitiu que ainda precisa se inteirar do ministério e receber a equipe do atual ministro, Blairo Maggi.

Ela enfatizou que o novo governo ainda precisa indicar qual será o ministro das Relações Exteriores, que terá papel central na definição de uma política externa também voltada para a agenda internacional do agronegócio. E pediu paciência para aguardar os nomes que ainda faltam e as competências que cada ministério terá, inclusive o da Agricultura.

“A pressa é inimiga da perfeição. Vou conhecer o ministério melhor e ao longo de dois meses vou compondo o que vai ser esse ministério. Ficamos de conversar se a pesca e a agricultura familiar também vão para Agricultura. Aparentemente sim, mas nada ainda está definido”, afirmou Tereza Cristina.

Ela também comentou sobre temas que precisam ser encarados no próximo governo, como a questão da demarcação de terras indígenas, “muito judicializada hoje”, disse, e a nova lei em tramitação no Congresso que flexibiliza e agiliza o registro de agrotóxicos no país.

Em relação à reforma agrária, caso o tema migre para a Agricultura, a futura ministra ponderou que é preciso saber o real orçamento disponível para novos assentamentos e defendeu que eles sejam mais produtivos e que seus moradores tenham “dignidade”.

 

Fonte: Valor Econômico

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